Nós somos os ursos


Acabei de concluir um curso de brand storytelling, o que em bom português quer dizer brand storytelling, já que o meio publicitário faz questão de manter anglicismos, ainda que exista o equivalente em português – e o equivalente em português seria narrativas para marcas, ou como uma boa história é capaz de vender seu produto ou serviço.

Questionamentos sobre a ética deste recurso (apelar para o emocional pra vender algo que muitas vezes é inútil e, na minha concepção, não deveria ser vendido) à parte – e é interessante perceber que quando criamos uma boa história, a linha entre publicidade e entretenimento passa a ser bem tênue -, recebi uns bons insights fazendo o curso. Talvez uma versão melhorada deste curso, com mais reflexão sobre o que e como estamos essas narrativas, seja algo necessário. Mas como ponto de partida, achei excelente.

Tá, agora deixa eu falar aqui de um dos comerciais mais legais citados como estudo de caso – O Urso:

 

“A gente vê tanto futebol que acha que sabe mais do que o técnico da seleção”. Não, não sabe.

“A gente vê tanta notícia sobre política que nossas sugestões sobre economia resolveriam a crise”. Não, não resolveriam.

Mas a real é que com um celular na mão e um computador com 4gb de memória, você já pode ser este urso.

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Nós também somos o urso deste curta incrível – um autêntico Chuck Jones:

Não sei se preciso explicar esse.

Este urso é, definitivamente, um ser humano como eu e vocês. Um ser humano com um casaco de pele e que precisa fazer a barba. Um ser humano que é, na verdade, um urso, mas que precisa se enquadrar. Um ser humano que… ah, vá, assista ao filme agora, são só dez minutos durante os quais se você não aprender sobre como a nossa humanidade, ou melhor, a nossa URSALIDADE foi pro cacete há tempos, você vai aprender um bocado sobre design e animação.

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Em nota mais ou menos relacionada, recebi este link aqui, com oito documentários (infelizmente não disponíveis para ver pelo link, tem que fazer um certo garimpo) “com os quais você aprenderá mais do que em qualquer escola de cinema”.

A gente sabe que rolou um exagero aí, que o aprendizado formal é importante por uma série de motivos – a troca de ideias, o estímulo à reflexão, o laboratório prático, as atividades propostas para fixar aquele conteúdo.

Mas não dá para negar como a gente aprende na internet. Como a gente aprende vendo filmes.

Aprende coisas úteis e aprende besteira também, verdade.

Mas aprende.

Queria deixar aqui a dica, que vocês já devem ter visto no Catraca Livre ou em qualquer outro lugar, sobre “lugares online” onde é possível aprender bastante:

E você?

Onde aprende?

O que tem aprendido ultimamente?

Já aprendeu pela internet (ou pelo celular)?

Me conta.

 

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