Mobilidade urbana, lindy hop, pequeno príncipe e picadinho burlesco


Minha cidade não é exatamente um primor no que diz respeito a eventos. A prefeitura incentiva eventos na rua por meio de editais; a própria prefeitura realiza shows na orla de áreas nobres da cidade – mas houve recentemente um final de semana em que três eventos simultâneos envolvendo música e artes aconteceram em um mesmo bairro, e dois envolvendo gastronomia aconteceram em bairros vizinhos – e o Centro, pobre do Centro, continuou desocupado e deserto – o projeto de revitalização do Centro ainda espera por investimentos. Tirar as grades de praças, rebocar carros estacionados nas ruas e abrir pistas para que pedestres possam andar calmamente sem precisar se estapear por meio metro de calçada, isso não precisa de investimento nenhum, ou muito pouco. Até os investimentos no tal projeto de revitalização saírem, a cidade não é feita para pessoas. Alguns de vocês já sabem, outros podem cair aqui de para-quedas, então aviso logo: moro em Niterói.

Ainda assim, a gente arrisca. A gente pedala na rua, porque tá cheio de carro estacionado na ciclofaixa (QUANDO TEM ciclofaixa). A gente leva aparelho de som pra praça e dança, sem apoio mesmo, porque ganhar cachê é legal mas se eu quiser dançar e cantar na rua, eu posso.

E foi assim que este fim de semana teve bicicleta, bambolê e lindy hop na minha cidade. E vai ter ainda mais.

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De bicicleta, convivo mais com a cidade do que de um ônibus. Convivo, inclusive, com a cidade vizinha (o Rio de Janeiro). A relação da gente com a cidade muda. Adoro. Isso aí foi um resumo da minha sexta (vou poupar vocês da reunião de trabalho) e do domingo. Em ambos os casos, sou uma pessoa livre em cima de uma bicicleta ou improvisando na dança:

Tem mais fotos no instagram: https://instagram.com/liaamancio

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Neste final de semana também fui assistir ao filme “O Pequeno Príncipe” (dir.: Mark Osborne). Coisa MAR linda. Preparem seus lencinhos, pois a história, nossa velha conhecida, ganhou jazzinhos e é bem clara ao dizer que criança tem que brincar e que “olha, pode virar adulto, mas não pode esquecer que você já foi uma criança curiosa e criativa. Não pode esquecer a mensagem do Pequeno Príncipe”.

Camille – “Suis-moi” – https://youtu.be/b0IaM4_I_Nk

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Linda “Dirty” Martini mandou a receita do picadinho preparado durante o espetáculo “Burlesque Meat Show”: carne picada (pode ser de segunda), cebola, tomates, shoyu, vinho e creme de leite. Sem as medidas, mas o olhômetro ajuda. Por aqui, curto sal, pimenta e ervas também. Uma hora cozinhando e voilà, temos um picadinho de respeito.
Sugiro esta playlist para preparar e saborear a comida:

https://youtu.be/RzDeDq8qUJY

E você?

Tem uma receita maravilhosa que gostaria de compartilhar? Como foi seu fim de semana? Me conta como é a programação gratuita da sua cidade? E se não tem nada, o que falta pra você juntar um pessoal e FAZER?

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