Uma paixão por cultura


E por falar em literatura, há tempos não pegava um livro tão gostoso nas mãos: dei um tempo de Borges e teorias de comunicação, roteiro, inteligências coletivas e multimídia e caí dentro de ‘Uma paixão por cultura’, de Carlos Eduardo Paletta Guedes, um romancezinho simpático escrito num estilo tão fluido que não me tomou mais que uma tarde pra devorar.

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O livro fala de Fábio, advogado que leva um pé na bunda da namorada porque não tem cultura, conhece uma gatinha fã de música clássica, filmes-cabeça e artes plásticas e corre atrás do tempo perdido para impressionar a menina. O autor aproveita para fazer mais que um simples name dropping de referências pop: fornece um guia de música clássica, filmes-cabeça e cânones da literatura para o leitor incauto que precisa corrigir algumas falhas de caráter (como assistir a ‘A Felicidade não se compra’, de Frank Capra. Já viu? É perfeito). Como se Nick Hornby, além de fazer as listas de cinco mais, te desse o background dos artistas que menciona.

Como produtora cultural diplomada, achei curioso ler sobre apreciação estética e subjetividade do gosto num romance fofo. Como roteirista e escritora com problemas sérios de autocrítica (por isso você nunca leu nada que eu já fiz), li ‘Uma paixão por cultura’ imaginando um longa divertido, com potencial para o mercado internacional e a Maria Flor no papel de Thaís.

PROMOÇÃO!!

Lounge tem um exemplar de ‘Uma paixão por cultura’ pra você. Quer? Então responde aí nos comentários: que filme cabeça você tem vergonha de admitir que não viu (ou não gostou), e por que? Até terça-feira, dia 11 de agosto. A resposta que mais me divertir leva (sim, o critério é subjetivo. É arte. Heh).

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O meu é ‘2001 – uma odisséia no espaço’. Vi. Estava até gostando. Aí dormi. Vi de novo. Dormi de novo. Vi mais uma vez. Dormi mais uma vez. Desisti.

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