http://www.norcalblogs.com/guy/2008/03/losing_your_cool.html espero que os caras sejam bonzinhos com questões de copyright, já que dar o crédito é especialidade da casa. |
Pois este mês comprei a Wired (aquela revista adorável sobre tecnologia e cultura pop) por causa das matérias sobre os Muppets e dei de cara com um artigo apropriado, intitulado Self-help for nerds. Nele, o autor conta que, às vésperas de completar 30 anos, não tinha um emprego (ter um emprego do qual você não se orgulha e que paga também está valendo), passava os dias enchendo a cara e jogando videogame e vivia de um breve passado como apresentador da MTV, mas que não havia vingado. Um dia ele se tocou de que era um loser. E aí resolveu tomar uma atitude.
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Sabe, a gente tem tendência a dar desculpas. “Eu sempre fui assim” não é desculpa para não mudar de atitude em relação a algumas coisas da vida – e mesmo assim, “eu sempre fui assim” pode ser a chave para a solução dos seus problemas. E Chris Hardwick, o tal nerd, resolveu usar seu vício por videogames a seu favor: afinal, se ele tinha foco para passar o dia jogando, foco não é um problema pra ele, que vendeu os videogames e resolveu, de uma vez por todas, focar em deixar de ser loser. Cortou os litros e litros de álcool da vida dele, perdeu uns 10kg logo de cara, todo mundo elogiou e isso virou, inclusive, uma motivação para continuar neste caminho.
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Ao final do artigo, Chris traz a parábola do “curta seu burrito“. A gente tende a ruminar passado. A gente também tende a ficar deprê depois de um prazer efêmero – e a nossa tendência é prolongar este prazer compulsivamente, comendo non-stop, bebendo demais, perder a hora e o dinheiro jogando, etc etc etc. São coisas que podem trazer endorfina ou relaxamento momentâneo, mas prestenção: não vão resolver seu problema e, pior, podem acabar com sua saúde a médio prazo. Então que tal curtir as coisas enquanto elas estão ali? Vai comer um burrito? SABOREIE seu burrito. Vai beber? Saboreie aquele drink, curta aquele momento. Ignore a compulsão e treine seu cérebro para lembrar que felicidade momentânea não é felicidade. A felicidade está em fazer, dos pequenos atos da vida, rituais. Em curtir cada momento, cada sabor, cada coisa boa enquanto ela está acontecendo.
E lembrar que não são só losers que têm vidas miseráveis: às vezes, você tem grana, você tem um trabalho, as pessoas te invejam mas você é um workaholic incorrigível, sem vida pessoal e à beira de um colapso nervoso. Você também precisa de ajuda. E o Projeto AutoAjuda pode te ajudar – em breve, como conciliar vida pessoal e profissional (sim, estou conseguindo!).