Então: você leva jeito pra música?
Chega lá no Youtube, baixe a partitura para o seu instrumento. Ensaie – com a ajuda de vídeos, ora vejam só! – e grave. Em vídeo. Claro. E suba para o Youtube. Óbvio.
Se você for bom, mas bom mesmo, você poderá participar da performance ao vivo no Carnegie Hall, regido
pelo diretor da Sinfônica de San Francisco, numa verdadeira orquestra colaborativa. Curioso. Eu já tinha visto isso em projetos mais simples, tipo bandas indies com troca de mp3 pelos integrantes que moram em cantos diferentes, mas isso aí é mais complexo. Isso aí já é demais. Bem-vindos a 2009.
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Se o seu negócio não é música, mas cinema, tudo bem: TioTube te leva pro Sundance Festival?
ASSIM?
É, assim: você tem até dia 14 de dezembro pra produzir e colocar no site um curta de até 5 minutos que utilize, obrigatoriamente, um telefone vermelho e dois dos 25 objetos propostos na lista do projeto. O mais legal é que todos esses objetos são velhos conhecidos de filmes também conhecidos.
E aí? Vai?
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Hoje é o Dia Internacional do Youtube, por acaso? Você pensa que acabou? Que nada! Mais uma notícia quente: você, espertinho que acha que sabe tudo sobre SEO e gosta de tagear seus vídeos de acordo com as maiores tendências de pesquisa, já era. O youtube agora resolveu mudar o algoritmo para evitar fraudes de SEO.
O que me faz questionar mais uma vez a folksonomia – uma vez que nada garante a boa fé (ou o know-how de uso da ferramenta) do ‘catalogador’ da obra, é válida a criação de um mecanismo regulador por parte do site? Isso não é uma espécie de censura, ainda que muito bem intencionada? Não seria mais interessante uma regulação baseada na comunidade, como no Vimeo, em que você pode sugerir tags para outros vídeos (sob a aprovação, sempre, do dono)? E esse algoritmo, funciona meeeeesmo?
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Um dos objetivos do Youtube, ao rastrear as tags “Paris Hilton pelada” e congêneres, dizem, é eliminar os vídeos impróprios das páginas iniciais ou de vídeos mais procurados (coisa que outros portais de vídeo poderiam ter feito…). Apoiando iniciativas de música clássica, investindo no banimento parcial de pornografia barata, lançando versões widescreen + stereo… interessante a estratégia de deixar o produto popularizar primeiro pra depois elitizar.
Talvez faça sentido.
Desde que o tal algoritmo reconheça que “2 girls and a cup”, seguido da palavra REACTIONS, não tem nada de pornografia, tá valendo…