Amanhã é dia dos pais
E eu preciso falar desses pais fantásticos que me cercam.
O primeirão da lista é o MEU pai. Óbvio. E falar muito dele aqui implicaria em ter essas letrinhas na minha frente completamente turvas, por conta de algumas lágrimas safadas que insistiriam em rolar. Falar dele aqui implicaria também em transformar o povo que bate ponto no blog em espectadores de sessão de análise, e isso não é nem um pouco saudável. Deixo só as linhas gerais pra falar do pai que, apesar de não estar presente na minha casa, sempre se fez presente na minha educação, sempre se preocupou com minha saúde (a mental principalmente), sempre me mostrou coisas legais, papai é um poço de cultura pop – o que de certa forma acabou influenciando muitos dos meus interesses hoje – e sempre me providenciou acesso à informação. E se alguma vez (principalmente durante aquela fase da adolescência em que hormônios fazem a gente feder a cebola) a gente discutiu (e sim, a gente discutiu), é porque eu sou orgulhosa que nem ele. Não dou o braço a torcer, que nem ele. E se eu faço piadinhas pra esconder demonstrações de emoção, ou desagrado com algo, ou se coloco meu sarcasmo e ironia na roda, eu ouço minha mãe dizendo “você é igual ao seu pai”.
É, eu definitivamente sou filha dele, no sentido ‘imagem e semelhança’ (embora também pareça muito com mamãe).
Tem muito mais coisa que eu gostaria de falar sobre meu pai, mas deixo isso pras sessões de análise. Por ora, a única coisa que vocês precisam saber é que é o melhor pai do mundo. E merece um ‘eu te amo’ público, pra ver se deixa de bancar o durão.
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Tem o outro pai, que eu não chamo de pai – porque não é meu pai, ora, sempre consegui separar essas coisas direito e minha família nunca me confundiu em relação a isso. Mas conviver com um pai desses sob o mesmo teto não é mole: pai de três caras incríveis (um deles é meu irmão!), acredito que seja o melhor pai do mundo pra esses três. E quanto a mim.. só posso dizer que apesar desses limites estabelecidos entre a gente (eu sou filha da mulher dele e tenho um pai presente) ele me assumiu quando fiz merda e precisei de um pai e infelizmente (ou, felizmente, já que papai iria falar MUITO – aquelas broncas necessárias de pai) papai não pôde estar. Mas sempre tivemos papéis bem definidos. Acho isso fundamental pra uma criança (obrigada, mãe!). Os filhos dele falariam melhor, certamente. E eles vão falar amanhã, heh.
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Bem, pouco depois, quando passei um tempo morando com meu pai, contei a história pra ele e sua reação foi mais a de pai-companheiro-que-apóia-a-filha do que pai que dá esporro. Me surpreendi e viramos amigos daí em diante. Já ouviu falar disso, pai e filha que ficam acordados até tarde comendo chocolate, vendo tevê e falando de cinema, política e tudo o mais? Pois é. Eu e papai.
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Existem outros pais que mereceriam páginas e páginas: meus avôs que já morreram e mereciam ser citados aqui, pais de amigos, amigos-pais. Mas esses três são os pais com quem convivo, os pais pra quem vou dar os parabéns por serem os melhores pais do mundo.
Além do que essa história de homenagear pai é freudiana demais. Cruzes. Liazinha, meu anjo, sai dessa.
..mas o que eu posso fazer se só me cerco de pai maneiro, que se preocupa com os filhos e faz de tudo por eles?
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Só pra mudar de assunto, em setembro estréia no Brasil o filme novo da Audrey Tautou (de “Amélie Poulain”). Quero muito ver isso. Parece ser bom.
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E outra, Arnold Schwartznegger e Larry Flynt candidatos ao governo da Califórnia estão dando o que falar.. mas Sílvio Santos já foi candidato à presidência do Brasil, Gilberto Gil é ministro da Cultura e a filha do Brizola é aquilo lá, né? A gente nunca deve esquecer que aqui é muito pior.
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Vaquinha Eugênia, Boi Marinho, Sr. Sorriso, Piu, Svrigailove, Mary Lou, Joe!, HAHAHA.. admiro a criatividade de vocês pra nick, sério :-p
(aliás, Vaquinha Eugênia, gostei pacas do teu blog).