Meu nome é Lia Amancio, tenho 40 anos e amo a vida que levo. Fiz escolhas erradas, passei alguns apertos, mas soube tirar proveito e aprender com essas experiências, e cá estou: trabalho com o que amo, tenho minha própria empresa de assessoria de comunicação e produção de conteúdo; uma filha inteligente, esperta e saudável; um companheiro incrível; moro num apê legal e tenho um padrão de consumo bem decente. Superei o passado de “gordinha CDF da turma” e fiquei gostosa, demorei anos pra me encontrar, e me encontrei (e casei) depois dos trinta – em forma, com uma carreira estabelecida, fazendo arte, dando conselhos, aprendendo coisas novas, pensando, estudando e me considerando uma mulher realizada.
Como cheguei aqui?
Em primeiro lugar, me mantendo fiel a quem eu sou de verdade. Não é fácil descobrir quem você é de verdade (uma dica: pensa no pequeno você de cinco anos de idade), e nem se manter fiel à sua essência quando o mundo pede que você se vista assim ou assado, que ganhe um salário x, que faça concurso público, que aceite certas distorções (sociais, econômicas, de gênero, do poder público) numa boa. A Lia de verdade não aceita e briga mesmo.
Em segundo lugar, mais recentemente aprendi a reconhecer meus privilégios. Nasci mulher (volte uma casa), nasci branca (avance duas) em uma família de classe média (avance mais uma casa) e formação universitária (avance duas casas), que me permitiu que eu priorizasse minha educação e que eu escolhesse no que trabalhar (avance quatro casas). Se me fodi um pouco no meio desse processo e demorei para conseguir o que queria, foi por escolha minha; e se eu tenho algum mérito na vida que levo hoje (e tenho algum, pois não nasci com a vida ganha, classe média é diferente de rica, trabalho e luto para bancar minhas escolhas), não dá para falar em meritocracia, ou em “é só correr atrás que você consegue”. Sim, mas só para quem começou de um ponto de partida parecido com o meu. Reconhecer isso não me faz melhor nem pior do que ninguém, mas me inquieta e me faz querer usar esse meu privilégio para algo útil e que ajude quem não teve essa sorte toda. Ou privilégio. Estamos trabalhando para isso.
Sobre este site: aqui tem quase 20 anos de blog – da época que eu era estagiária, em 2001 (e escrevia bem mais, porque tinha mais tempo livre), até agora. Tem também minhas aventuras com o Projeto Autoajuda – quando comecei a ler, analisar e seguir as dicas de livros, blogs e metodologias pra ser feliz na vida, ser realizado no trabalho, ficar satisfeito com o que se tem, conseguir mais da vida mesmo quando se está satisfeito com o que se tem (sim, parece um contrassenso, mas é bem por aí – esse universo é uma doideira) – AO MESMO TEMPO. Cética que sou, descobri que a AutoAjuda funciona, sim – e resolvi fazer uma espécie de triagem pra você não perder mais seu tempo. Parece bom? Então clica lá.
No mais, é isso. Divirtam-se. Qualquer coisa, tou por aqui.
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