A boa, pra mim, é encontrar mais equilíbrio. Me botar limites.
Eu trabalho com o que gosto, e também canto, danço, faço arte, bamboleio, pedalo, desenho. Mas não tem sido suficiente para evitar o buraco no estômago (sim, sofro de gastrite, e ela piora em momentos de tensão).
Não me orgulho de sair de casa às 7h30 e só chegar às 21h, e de nem conseguir fazer exercício-criar-ler notícias-saber o que acontece no mundo-cuidar de mim mesma antes ou depois deste período. A maioria das pessoas acha uma horinha por dia, né? Nem que seja pra ir à manicure. Eu não. Tem que ser ANTES ou DEPOIS disso. Aí é dureza. Médico? Tou em falta também, já que eles trabalham no mesmo horário que eu. 🙁
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E aí que eu tava lendo esse livro “344 questions?”. Conhece?
Não é exatamente um livro de texto, mas sim de diagramas e esquemas com milhares de perguntas sobre como você está conduzindo a sua vida. As perguntas são sugeridas por dezenas de pessoas criativas do naipe de Judd Apatow, Wayne Coyne, Ze Frank, Debbie Millman e, é claro, do autor do livro, Stefan Bucher.
À primeira vista, parece um livro bem besta. Mas me deu aquele ‘clique’. E aquela vontade de chorar.
Porque eu amo o que eu faço. Eu acredito no que eu faço. Eu tenho tempo para atividades de lazer. Eu crio algumas coisas, sim.
Mas se você me perguntar como estou me educando, neste momento, não sei responder – embora saiba responder como eu mudaria o mundo. O que me prende. Se já fiz algo do qual eu possa me orgulhar. Se eu ganho o justo pelo meu tempo. Como tenho estragado meu corpo. E não me orgulho nada das respostas a essas e a outras perguntas.
E eu sei que não posso mudar o mundo. Mas tenho total condição de ajudar pessoas que desejam mudanças nas suas vidas, como eu mesma já mudei (e continuo mudando) várias coisas na minha. Pessoas que querem mais arte em suas vidas. Pessoas que querem mudanças e só precisam de um empurrão.
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Já li dezenas de livros de autoajuda e desenvolvimento pessoal. Todos com soluções brilhantes para os problemas das vidas da gente. Pois descobrir QUAL É o problema é a parte mais difícil. Onde é que deu errado. Pois “344 questions?” é de grande ajuda neste processo.
Aqui, uma resenha bacana do livro no BrainPickings. Se quiser comprar, clique aqui e vá de Saraiva, que eu ganho uma comissãozinha (o livro tá barato, 25 pilas).
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Respondendo à minha própria pergunta, a boa de 2015 é impor limites a mim mesma. É conseguir não apenas o tão desejado equilíbrio, como fazer com que a balança pese mais para o lado positivo.
Para que todo o amor que ajudo a espalhar nesse mundo sirva para fazer bem para mim e para as pessoas à minha volta, e não apenas para contrabalançar uma rotina tão pauleira que me come o estômago.
E pra você?
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Beijos!
A boa de 2015 é poder comemorar 50 anos satisfeita e feliz com as perspectivas à frente e pacificada com o que ficou para trás!