Museu de arte lúdica abre na França com retrospectiva de artes da Pixar. Veja bem: arte, museu, entretenimento, animação, Pixar, lúdico, narrativa e, oh, Paris. Tudo na mesma notícia. Peraí, gente, tou surtando aqui. Gabi, Elisa, por favor, visitem e me contem se vale a pena organizar uma viagem só pra isso (brinks, Paris merece ser REvisitada sempre).
De fato, arte não é só óleo sobre tela ou esculturas. Pra chegar num frame de uma BOA animação, há que se ter excelentes conceitos de perspectiva, distorção, peso, movimento – animação não é para franguinhos, gente. Há muita física e engenharia nessa arte. Tem que ser mestre na arte de criação de personagens, tem que saber rascunhar à mão, tem que colorir cenários… ufa. E, embora a arte possa ser abstrata, surreal, baseada em experimentos de cor e texturas, a arte foi e sempre será, também, figurativa e narrativa.
E a Pixar é indústria e entretenimento. Mas, antes disso, é arte. De qualquer forma, arte também pode – e deve – ser usada para entreter. E – por que não? – ser industrializada – desde que o trabalho de artesanato não morra. Mas o artesanato está na criação, na concepção, nos rascunhos, nas pranchas de referência. Ou vai me dizer que isso aqui não é arte?
Pra quem estiver por lá, o museu fica na Dock – Cité de la mode et du design. Pra quem não estiver, leia mais e veja mais imagens no site Pixelcreation.fr (as imagens acima são de lá, espero que eles não impliquem com o uso aqui).