…QUÉ DIZÊ. Naquelas, né? Tem que acreditar, sim, mas não APENAS: é acreditar e FAZER POR ONDE. Fazer por onde sem acreditar não adianta muito porque as pessoas veem que você não tem muito tesão no que está fazendo, não acredita no que faz, e não necessariamente darão as oportunidades que você precisa.
Já acreditar *e* fazer *mas* fazer direito, bem planejado = sucesso. Isso é puro Napoleon Hill, e tenho APLICADO na vida.
Vou dar um exemplo bobo: resolvi brincar de cantar no quintal de casa, enquanto meu marido tocava ukelele. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas a coisa começou a crescer – e, por não ser cantora profissional, estava vendo minha voz indo pro saco depois de cada uma dessas cantorias divertidas. Veja bem: sem voz, não dá pra me divertir cantando, certo? Então resolvi procurar me APRIMORAR, pra ver se conseguia usar bem o material. Achei não uma, mas duas professoras sensacionais – uma me dá aulas particulares e outra me dá aulas em trio, com foco em harmonia vocal com as minhas colegas de banda.
Por que falo isso? Porque a primeira coisa que ouvi na aula foi “Isso aqui que eu estou te ensinando é um trabalho. Pessoas vivem disso”.
Olha, esse era um investimento que eu estava fazendo para melhorar minha DIVERSÃO. Mas se parar pra pensar, o que me impede que isso vire um trabalho? O fato de que nunca me ouvi cantando sozinha desde que comecei as aulas de canto (meu grupo é um grupo vocal) e não sei se faço isso bem?
Bom, a gente AGARRA oportunidades, né? Pintou um show que as meninas não puderam ir, tive que fazer sozinha. Já tinha feito isso antes, agora depois de alguns meses de aula de canto vai ficar bem melhor [autoconfiança só é possível quando você tem algum domínio, ainda que mínimo, do que você vai fazer]. Se não estiver bom, caras, bocas, gestos e dancinhas desviam um pouco da atenção e cativam o público de alguma forma [PNL – como se transformar em algo, imitando-o? Pensa em Carmen Miranda. Pensa nas suas ídolas que cantam e dançam e vamo nessa]. Seja simpática, sempre [básico de estratégia, né? Se teu trabalho é ruim mas você é muito legal, todo mundo dá um desconto]. Aumenta o retorno pra eu me ouvir bem, senão faço tudo fora do tom, e vamos nessa.
A casa estava meio vazia. Dei graças a deus porque, né? Olha a responsa de carregar TRÊS cantoras numa só.
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…e agora só penso em quando vou conseguir fazer isso em ESTÁDIO, porque foi muito, muito, muito bom.
O público aplaudiu TODAS as músicas. O público pagou (mesmo não sendo obrigatório). A banda SORRIA. A gente se divertiu. Meu marido, que é MUITO crítico e MUITO preocupado com a qualidade desse projeto, curtiu. Conseguimos surpreender o público. Conseguimos NOS surpreender. WIN!!!!
(é claro que há pontos a serem trabalhados. sempre tem. vai ter PRA SEMPRE, porque parto da máxima do ‘se aprimorar é uma constante – e essa foi só a SEGUNDA vez, né?)
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Ainda não é trabalho. DEFINITIVAMENTE, ainda não é trabalho. Mas é mais um talento que descobri que tenho: o de ENTRETER. Isso pode, sem dúvida, virar trabalho um dia.
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MUITA gratidão às professoras incríveis que me ensinam muito mais do que técnica de belting, canto popular, canto lírico e afins.
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Esse foi apenas UM exemplo do quão mágico foi esse fim de semana. A mágica aconteceu nesse show. A mágica aconteceu visitando a cidade natal e estruturando a mudança iminente de casa. A mágica aconteceu conversando com a tia e percebendo que a mágica sou eu que faço. A mágica aconteceu na festa, quando recebi ótimas notícias sobre um evento que vamos participar em outubro e fechei mais parcerias em potencial. A mágica aconteceu em casa, ouvindo Cab Calloway. A mágica aconteceu no momento NERD de plantio de sementes para colher mais tarde, quando PRECISAR colher. A mágica sempre acontece quando boto o cérebro pra funcionar.