Quando eu tinha uns cinco anos de idade, mais ou menos, minha mãe me levou numa psicóloga pela primeira vez. Sabe como é: pais recém-separados, mudança de escola, dentes de leite caindo, vai que tinha algum problema, né?
Psicologia infantil / Uma coisa de cada vez
“O problema dessa menina”, disse a doutora, “é que você dá muitas opções pra ela!”.
Mamãe sempre foi pró-diálogo. Pra não ser uma mãe autoritária, ela sempre me deixou ESCOLHER. O que, pra mim, sempre foi ótimo, mas será que um pouquinho de firmeza não teria sido mais saudável? A máxima “criança não tem que querer” não existe à toa, certo?
Eu já contei isso aqui: ninguém nunca disse que eu não podia, mas ninguém nunca disse que seria fácil ou me deu de bandeja – sempre tive que pesquisar, me dedicar e bancar minhas escolhas. Mas, por outro lado, minha vida sempre teve otimismo demais – eu podia tudo, sempre tive múltiplos talentos, podia escolher desde que acreditasse, porque tudo daria certo.
Ai, gente…
São tantas opções, tantas coisas pra fazer ao mesmo tempo… e eu tou pagando a conta desse potencial de sucesso todo, sabe? Porque… bem, sabe PATO, que canta, nada, anda, voa, mas a real é que não faz nada direito?
Como lidar? Como focar?
A resposta está num disco que amo, duns caras que adoro. Com a palavra, Titãs:
Como escolher UM projeto paralelo por vez?