Reconhecendo padrões


Interessante este artigo do lifehacker intitulado “Como ser seu próprio terapeuta e resolver os problemas mais facilmente administráveis“. Eu jamais recomendaria que você não procurasse ajuda profissional, porque esses caras são muito mais treinados do que a gente. Além do mais, é bom termos um acompanhamento do nosso progresso e alguém para orientar quando a gente “trava” durante o processo de autoconhecimento. Mas o ponto do artigo é o seguinte: você precisa aprender a reconhecer padrões.

Já ouviu uma máxima que diz que se o problema é recorrente, talvez esteja em você?

 

Pense nos seus relacionamentos fracassados: a culpa é toda dos seus ex ou sua, que segue o padrão de se envolver com pessoas que não estão 100% disponíveis pra um relacionamento? E se você segue esse padrão, que tal se perguntar por que? Será que é você que não está preparado para se envolver emocionalmente com alguém, por isso procura pessoas que não estão a fim? Será que você tem outras prioridades na sua vida, por isso arruma esses relacionamentos mais ou menos?

Pense no emprego do qual você reclama todos os dias: o problema é do emprego ou é seu, que está lá, todo dia engolindo sapo, atuando sob cargas de estresse altíssimas e servindo de esparro para pessoas que ganham 3x mais do que você? Será que você gosta do que faz? Será que não é hora de tomar uma atitude e procurar algo melhor?

E se você não acha emprego, já mandou centenas de currículos e não foi nem chamado para uma entrevista, o problema é do mercado ou é seu? O que você está fazendo de errado? Será que não falta qualificação, será que seu currículo está bem montado, será que o salário que você quer é compatível com sua experiência?

E o que dizer das suas finanças que são um caos? Sim, o custo de vida aumentou, mas o que explica que pessoas que ganham a mesma coisa que você conseguem juntar uma grana, conseguem terminar o mês no azul… alguma coisa VOCÊ está fazendo de errado. Que tal reconhecer os padrões e se esforçar para mudá-los?

* * *

O artigo dá o caminho das pedras:

1 – Interrogue-se como se você fosse um jornalista. Pergunte quem, o que, onde, quando, como e o por que do seu problema.
2 – Que tal agora comparar respostas e tentar achar relações entre elas?
3 – Quando você conseguir relacionar e achar padrões nas suas respostas, comece a considerar maneiras de substituir seu comportamento-padrão (que faz com que as coisas deem errado) por algo um pouco mais razoável, ou tente descobrir como se tornar confortável com as situações equivocadas (por exemplo, aceitar que é esse o emprego que você tem, ou aceitar que você não está a fim de se envolver emocionalmente no momento).
4 – Seja paciente. Perceber o problema é relativamente mais fácil do que implementar uma solução. Mudanças de comportamento precisam de tempo e perseverança.

O artigo vai além – um, ele alerta para o falso reconhecimento de padrões. “Ah, sempre foi assim, todas as vezes que fiz isso o resultado foi x”, fobias, teorias conspiratórias e afins não se aplicam. Estamos falando de reconhecer padrões que você até agora não reconheceu, e não de uma dieta milagrosa (“ah, toda vez que comi melão antes do almoço, emagreci”). O artigo também menciona que a neurociência explica o não-reconhecimento de padrões -, vale a pena ler na íntegra. Se inglês não é o seu forte, vale a pena ver esse post véio aqui sobre cursos de inglês gratuitos e online.

…e bora reconhecer padrões e nos esforçar para mudá-los? Isso faz bem.

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