Decluttering. Clutter é o termo em inglês para ‘excesso de coisas acumuladas’. Declutter é o famoso ‘desapegar de tudo o que você não precisa e arrumar o que restou’. Já falei sobre isso aqui, mas esse assunto PRECISA ser recorrente. Porque eu preciso de ajuda. Não apenas para desapegar, doar coisas, arrumar e jogar coisas fora, mas para convencer meu marido de que isso também é necessidade dele. Que a faxina de sábado pode ser mantida durante a semana com apenas 20 minutos diários guardando as roupas espalhadas pela casa, tentando deixar o sofá livre para sentar e catando todos os lencinhos de assoar nariz que caíram acidentalmente pela casa. E que eu não posso ser a única responsável por isso.
Não tou reclamando do marido não. Sério. Por favor, não me interpretem mal. Maridão, eu te amo! Lindo! Gostoso! Cheiroso! E… ele me ajuda! JURO! Mas manter o ambiente mais ou menos em ordem no dia a dia é bem complicado, e acabamos fazendo umas faxinas meia-bomba no fim de semana que, quando chega na 4a feira, não tem nem mais resquício.
Ando à beira de um colapso nervoso. Trabalho, reta final da pós-graduação, shows da banda e… cuidar da casa. É preciso, pois um ambiente mais ou menos limpo é bem mais saudável e inspira a manter a cabeça em ordem, mas… como é difícil! Eu já sou um tanto ESPAÇOSA… junta a bagunça do marido e, leitores, não dá nem vontade de chegar em casa.
…e quando penso em começar a trabalhar um esquema de rotinas sério, com direito a quadro de avisos e alarme tocando ao final das tarefas… lembro que não deve ser divertido pra ele ser casado com uma general, e nem é divertido pra mim assumir MAIS uma responsabilidade.
Como fazer? 20 minutinhos por dia, os dois, juntos, será que ajudam a dar jeito?
Lia, eu também sou bagunceira e meio espaçosa, e acho que é por isso que eu não moro com o namorado! Acabamos com duas casas para arrumar, mas pelo menos cada um tem sua jurisdição. Algumas coisas que funcionaram para mim:1) O óbvio: diminuir ao máximo a quantidade de coisas que tenho. Livros, roupas, lembranças, papéis. Isso toma tempo e tem que ser feito aos poucos (senão o caos fica maior do que antes). Tira um pouco de papel, bota numas pastas e envelopes pardos, joga um tanto de coisa fora, guarda de novo. Depois continua. Sem essa neura de "não pode manusear a mesma coisa duas vezes". Algumas coisas são separadas em categorias, como documentos de identidade, documentos médicos, etc. Outras são organizadas por ano e arquivadas mais fora de mão.2) Acabei de arrumar minha estante e "vendi" um monte de livros pro sebo. Uma pilha de uns 10 livros rende um livro do sebo, é uma troca desigual mas é isso mesmo que a gente quer, né?3) Uma coisa que deu muito certo foi organizar as lembranças (postais, cartões, miudezas, ingressos) cronologicamente, feito o cara do filme Alta Fidelidade. Tem uma caixa da época do colégio, outra da época da faculdade, outra de quando morei no exterior, etc. À medida que vou achando coisas, penso na época em que elas entraram na minha vida e jogo na caixinha. Só fica de fora o que é bonito o suficiente para ficar exposto. Não acredito em jogar tudo fora, o desapego vem aos poucos. :)4) As coisas maiores que estão sendo guardadas só pela lembrança podem ser fotografadas (bibelôs, camisetas, presentes de grego). Assim você vai lembrar sempre que topar com a fotografia mas o objeto pode seguir o seu rumo.5) Quanto aos lencinhos e lixinhos que ficam pela casa, é bom ter uma lixeira com a boca bem aberta em cada cômodo. Tem que facilitar a vida dos bagunceiros, ser legal com o seu futuro eu que vai estar cansada da aula e do trabalho e morrendo de preguiça de carregar o lixinho até a cozinha ou banheiro.6) Uma coisa que o Spark implementou e eu estou fazendo agora é ter uma caixinha (ou bandeja) que serve de inbox. Aí vão as contas, recibos, notinhas, tudo o que sai do fundo da sua bolsa e do seu bolso. Quando encher, você joga fora o que for lixo, arquiva o que for documento, e começa tudo de novo!Acho que é isso aí. Se precisar de uma forcinha, nem que seja companhia pra acionar o cronômetro dos vinte minutos, estamos aí!Beijo!
Gostei da dica da inbox, Heloísa! Eu vivo perdendo data de contas (só as que não podem ser colocadas no débito automático), perco correspondências e tal, tudo por falta dessa maldita.Aqui as lixeiras funcionam bem, Lia. Também posso recomendar isso. O critério pra manter as roupas no armário geralmente é: usei no último ano? Mantenho por mais um. Se não usar, doação. Claro que tem meia dúzia de coisas que tenho ligação mais sentimental… mas hoje em dia elas ocupam pouco mais de metade de um dos cabides. Sapato, enquanto estiver confortável, eu guardo. Se está apertando ou laceou e ficou estranho, tchau. Os 20 minutos por dia são bem viáveis sim, se vcs dois dividirem isso aí direitinho. Ó Cid, não é ajudar, é dividir mesmo! Partes quase iguais hein 🙂