Eike Loucura
Marido anda estudando na faculdade o jeito Eike Batista de empreender. Quer aprender com o MESTRE?
Tem um pdfzinho explicativo aqui. Legal pra imprimir e colocar na sala da diretoria, quando eu for diretoria.
* * *
Fãs
Está rolando o OiCabeça, parceria da UFRJ com o Oi Futuro. Na palestra de ontem, sobre a cultura de fãs, Mauricio Mota diz o que a gente já sabia: que o fã deveria ser considerado um importante stakeholder na indústria do entretenimento (e, convenhamos, processar fã porque ele remixou uma música ou escreveu uma história com seus personagens é um erro. um erro).
Nancy Baym lembra que, desde sempre, audiência é social e que, mais do que consumir o produto e ser apaixonado por aquilo, o fã socializa com outros fãs. Faz parte dessa cultura. É o mesmo princípio que fazia você colar no cara com a camisa da banda que você curtia naquela era pré internet.
Curti, vida longa ao evento, mas cheguei naquele ponto em que boa parte das palestras bacanas que vejo sobre esse tema (mais especificamente, como as tecnologias estão mudando a maneira como as pessoas se relacionam com a indústria do entretenimento) não me apresentam mais novidades, o que é, provavelmente, um sinal de que daqui a pouco está na hora de EU passar tanto conhecimento e informação acumulada adiante. Na boa? Gasto muito dinheiro em livros e muito tempo em pesquisa, tá na hora de começar a fazer uso prático disso.
Prevejo powerpoints divertidos em breve. Até porque a verdade é que vejo estudantes, acadêmicos e criativos, em geral, nesses eventos – mas o CEO ou o diretor de marketing ou comunicação, que são as pessoas que DEVERIAM entender esse tipo de mudança de relação entre pessoas e produtos (especialmente os culturais) e investir em estratégias que tirem o melhor dessas novas relações, ao invés de tentar combater, parecem ignorar. Não são todos, claro. Alguns já estão adaptados. Mas quando vejo o pessoal da velha guarda resistindo a mudanças (e a reforma da lei de direito autoral, veja você, não é e nunca foi uma proposta de acabar com o direito autoral, mas de acompanhar a mudança e obrigar empresas e criadores a adotar novos modelos de negócios), dá uma tristeeeeeza, uma vontade de dar aula pra eles…
* * *
Jumping the shark
Eduardo Escorel é um cara bom. Faz bons filmes. Tem fama de ser um gentleman. Mas sua última coluna no site da Piauí pulou o tubarão TOTAL. VOU NEM LINKAR.
* * *
Nostalgia é tendência
Nostalgia é tendência para os consumidores da geração X (34 a 36 anos), diz o observatório de tendências da JWT. A JWT!!!!!!! Pra mim, isso quer dizer duas coisas: uma que eu sou um GÊNIO DO MARKETING com a campanha que criei pro trabalho da pós que tenho que entregar na segunda, e outra que tou velha, já que MAIS UM ANO e farei parte dessa geração.
* * *
Arte em melancias
A vida não é só internet, mídias digitais e empreendedorismo. A vida também é feita de frutas e de esculturas. Isso aqui é uma das coisas mais geniais que já vi nos últimos tempos, em termos de arte.
“Se eu sei fazer igual ou melhor, não é arte”, já dizia meu pai. Eu jamais conseguiria fazer um negócio desses, logo… é arte sim. E das boas.
A vantagem é que a gente já pode ir para as palestras com a cartela de Bingo Convergente. Falou "cauda longa", "transmídia", "crowdsourcing", a gente vai marcando.Ah, e ARTE é isso aqui:http://tytempletonart.files.wordpress.com/2011/05/panther-idyl.jpg
E complementando o que o Marcos disse: até o próximo must do mercado!Aliás, acho que encerrar a teoria do marketing em livros tem se tornado cada vez mais anacrônico. As teorias e práticas mudam antes dos livros sairem das gráficas. Quando você entende o mundo, ele já não é mais esse. Falar nisso, colega meu achava que "crossmídia" era canal a cabo especializado em BMX. Juro!Eike tem a manha, mas as logos das empresas do cara são do tempo do papel carbono.