Adoro o Omelete, é leitura obrigatória aqui em casa, mas qual foi a desse especial ‘Rio’, hein? Peidaram na farofa FEIO. Tá, levar o Omelete a sério também é muito feio, mas é que mexeu com assuntos que me são caros (minha cidade, meu trabalho, minha família), mexeu comigo. Agora aguenta!
A crítica a ‘Rio’ já começa equivocada porque o Brasil *não* foi retratado como um país de ‘samba, praia, favela e futebol’ porque o filme não fala do Brasil, fala de uma cidade específica. Quer ver diversidade cultural brasileira, vai ver o filme da Mariana Caltabiano, oras. Em ‘Rio’ você vai ver Rio de Janeiro. E, foi mal, o Rio é lindo desse jeito mesmo que o Carlos Saldanha mostrou.
Como falar de uma cidade como o Rio de Janeiro sem mostrar os tais clichês que vocês tanto criticam? Se não tivesse praia, carnaval e trombadinhas assaltando turistas no Cristo, não seria um filme sobre o Rio – seria uma história que poderia acontecer em qualquer lugar e poderia se chamar ‘Araras’. Mas se chama ‘Rio’ e, até onde sei, os cariocas se sentem muito bem representados. O clichê, amigos Omeleteiros, não necessariamente é algo ruim. Ele contextualiza o espectador na ação, ele ambienta: é o famoso ‘postcard shot’ que faz com que você identifique que tal cena se passa em Paris depois de ver a Tour Eiffel. Ah, o clichê é de roteiro? Gente, é uma animação voltada também para um público infantil – quer complexidade, leva o guri pra ver David Lynch, pô. Ah, o problema são os flamingos? Como bem lembrou meu marido, ninguém reclama do multituberculado Scratch em ‘A Era do Gelo’, e muito menos do Dino morando com Fred Flintstone. Achamos, aqui em casa, que o problema pode ser recalque. Afinal, imagina uma animação chamada ‘São Paulo’, que alegria?
Dizer ‘não gostei’ é mais simples e evita o constrangimento de falar besteira. Por exemplo, só não achei o filme irrepreensível por causa dos números musicais – nenhuma canção memorável, músicas mais ou menos fora de contexto e pelo menos duas cenas chupinhadas de outros clássicos infantojuvenis (ou vocês não lembraram da rave dos lêmures de ‘Madagascar’ e da cena do ‘beije a moça’ em ‘A pequena sereia’?).
http://www.youtube.com/watch?v=FbMMKxvXs6g
Em vez de ver o videocast sobre O Brasil dos Gringos do Omelete…
Por fim, recomendo enfaticamente a leitura do livro ‘O Brasil dos Gringos’ e o documentário ‘Olhar Estrangeiro’, que realmente foram ‘atrás da verdade’ nesse assunto (por acaso, o roteirista do filme e autor do livro é meu pai e autoridade em estereótipos brasileiros na cinematografia estrangeira). Porque, das duas uma: ou o pessoal do site não leu (e devia, pois é o melhor material de pesquisa que poderiam ter) ou leu e não deu os créditos. Nas duas opções, crítica do Omelete #Fail. Dia 28 a gente vai ver ‘Thor’ pra saber se, pelo menos nessa, vocês dão uma dentro…
o pior é que, devem ter perdido uma tarde inteira enfurnados em livros da oitava série pra tentar achar algum furo no filme… e o que conseguiram?? Uma reclamação FAIL, já que EXISTEM flamingos aqui.
Vi o filme em noruegues, então não entendi os diálogos (as piadas, quando o cinema todo estava rindo) mas o desenho é fofésimo. Não achei nada turistão já que também mostra lugares "off cristo" tipo a pedra da gávea, pedra bonita e santa teresa. E pra dizer a verdade só vi o tal flamingo porque vocês disseram que tinha um, porque nem aparece muito. Acho que as críticas ruins são tradição, tipo quando zoaram a carmem miranda porque ela tava fazendo sucesso internacional.
Ainda não vi "Rio", mas já assisti ao "Olhar Estrangeiro", que tenho inclusive no PC (divx, porque não achei o DVD pra comprar). Sobre o filme de Saldanha, não posso opinar ainda. Sei, contudo, que minha sobrinha ficou maravilhada. Já o do seu pai, ratifico pra quem não viu: é um documento necessário! E sem faltar humor.
Cara, e eu nem lembrava de ter visto flamingo. Sério. O filme é tão lindo que o flamingo passou batido.Emiliano, li umas críticas gringas a 'Rio' que fazem até algum sentido: é um filme pra crianças ficarem maravilhadas, adultos nem tanto. Mas como tu é local (do outro lado da ponte é local!), periga ficar encantado com a cidade, porque não tem jeito: a gente se identifica com as paisagens e com o Blu, que é um nerd gringo e desajeitado mas, lá no seu íntimo, tem um molejo e curte um sambinha.
Foi difícil assistir esse povo chato falando merda.Perto deles o Pablo Villaça é o sujeito mais divertido do mundo! Todos me irritaram, eu não tomaria meia cerveja com ninguém dali. Comentários pobres, piadas sem graça, ausência total de carisma e quase nenhuma idéia interessante em meia hora de vídeo.O Omelete só é útil como ponto de partida para pesquisas em outros lugares.