O Big Kahuna bar e o grande guia tiki de Lounge


Como boas pessoas que vivem em 2010 no sentido mais pleno, quer dizer, por mais apaixonados por manifestações culturais retrô que a gente seja, é fato que vivemos uma era de remix de mil referências. Então dá pra curtir anos 20, 30, 40, 50, juntar o Hawaii com a Polinésia e tranformar tudo numa coisa só – “as coisas que a gente curte”. A cultura tiki de hoje é exatamente isso: uma apropriação da estética da mitologia polinésia que rolou nos EUA nos anos 50 por gente que curtia a vibe ‘sol, praia, drinks coloridos’ – mas como nego em, sei lá, em Detroit nem sabia o que era sol, praia e drinks coloridos, virou aquela coisa que você acha jeca e eu acho maneiro pra caramba, desde que não seja pra viver exclusivamente assim. Até porque aqui no Rio de Janeiro tem praia de verdade, tem sol de verdade e eu sei bem que a vibe nem é essa. A gente anda de chinelo na rua. Não, não temos araras voando pela cidade, sorry.

E com essa história da gente tocar ukulele (Cid muito melhor do que eu, é claro), estava aqui pensando que estava mais do que na hora de termos outra festa Tiki. E que a gente toca. CRARO. Aí de repente a Beth Ferreira, que produziu a outra festa tiki, me avisa que abriu um TIKI BAR logo ali, em Botafogo!

É claro que fomos conhecer. E já tem potencial para ser nosso little grass shack:

Big Kahuna - tiki bar

O Big Kahuna fica ali nos fundos da Boneyard, na Paulino Fernandes, 7. Perguntaram se era baratinho: baratinho, não é – mas os drinks são enormes, caprichados e bem servidos, vale o preço. Como fomos ao Big Kahuna naquele climão de soft opening, a carta de drinks não era definitiva e não, não tinha hamburgers no cardápio.

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Quer entrar no clima tiki? Olha a seleção de links que preparei pra vocês:

Tikimentary é o documentário de Duda Leite sobre a cena tiki lá fora: o que é tiki, como isso virou uma espécie de ‘cena’ e entrevistas surreais com adeptos dessa cultura, colecionadores de canecas de carrancas, flamingos, flores, mocinhas, digamos, expansivas… bares com sereias vivas e… bem, assista e veja com seus próprios olhos que beleza.

– Cultura tiki sem drinks coloridos não tem graça. No Tiki Drink Recipes você tem um vasto acervo de coquetéis e demais diversões alcoólicas (ou não), com guarda-chuvas decorativos (ou não). Comece uma festa tiki agora!

– Por falar em festa, sem trilha sonora não dá, certo? A rádio online Luxuria Music garante a dose de lounge e exotica. Se não for suficiente, dá pra regar o convescote ao som de Tiki Tones, Los Straitjackets e, com um pouco de espírito desbravador na internet, corra atrás das coletâneas da Del Fi Records, especialmente a ‘Jungle Jive’.

– Agora só falta a beca: camisas floridas e vestidinhos vintage podem ser adquiridos em território nacional na Aloha Cafe Surf.

– Faltou alguma coisa? Não se preocupe: você acha no Tiki Room. Decoração, por exemplo, que é uma coisa difícil de se achar por aqui, mas com umas flores e plantas de plástico, persianas de bambu, chita florida como papel de parede, flamingos daquelas olarias de beira de estrada e carrancas da feirinha hippie já dá pra improvisar alguma coisa (não, não remodelei a casa tiki-style, foi o que veio à mente mesmo).

E vamo que vamo. Mahalo, maluco! Precisávamos mesmo de um lugarzinho assim.

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