Acabo de explicar pra uma colega 20 anos mais velha que não é porque você é o Oliver Stone que leis federais de imigração não valem pra você. A colega, profissional de comunicação (o ’20 anos mais velha’ é só para frisar que ela é, claro, mais vivida e mais experiente), não sabia que o Brasil exigia visto dos EUA – e, agora que sabe, simplesmente não aceita que isso possa acontecer. “Ele é um diretor de cinema, ele é famoso!”. E? Erro de quem não providenciou o visto a tempo, correto?
O departamento de consultoria de Lounge recomenda ao jovem leitor: mesmo que você seja da área de cultura e entretenimento, leia também os cadernos de Economia, Tecnologia, Política e Internacional (eu dispenso os classificados de carro, sou pró-bicicleta), porque saber o que acontece nessas áreas no mundo tem impacto direto no seu trabalho (vai que você precisa conseguir um visto de trabalho para um diretor que vem divulgar um filme no Brasil? Você precisa saber como funciona, qual o tempo mínimo até sair o visto!). E a outra recomendação importantíssima é: ok, você não sabia, não acompanhou o noticiário, não é uma falha grave. Não mesmo. Mas aceite de bom grado as informações que te dão (“Ah, é? Puxa, não sabia! Obrigada por me manter atualizada!”). Pega bem, não custa nada agradecer, e ainda poupa seus colegas de trabalho de maiores constrangimentos.