Wilson Simonal Facts


Só me interessei por conhecer a obra de Wilson Simonal há uns seis anos atrás. Pusta cantor – porque Chico Buarque é o rei da mulherada, Roberto é o Rei e não se fala mais nisso, mas todos eles parecem meio fanhos perto de Wilson Simonal. E, das grandes vozes da música brasileira, ninguém foi tão popular quanto ele. Pra não falar da onda gostosa das suas músicas. Swing era seu nome do meio. SÉRIO.

Simonal era o Paul Stanley brasileiro: 40 mil pessoas no Maracanãzinho NA MÃO do cara. Sabe a hora do open mic pra galera? A platéia cantava, ele saía do palco pra tomar um cafezinho, voltava e o povo lá, curtindo a presença dele até quando não estava presente. O sujeito tinha a manha. E claro que eu só fui saber disso depois que vi “Simonal – Ninguém sabe o duro que dei”, assim como várias outras lendas que cercavam o sujeito (como a que envolve um quase-cargo de jogador na seleção de 70).

O trabalho de documentário de Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal é primoroso – afinal, não estamos falando de qualquer um: estamos falando de um sujeito que chegou a ser o cantor mais popular do Brasil e, de uma hora pra outra, numa história extremamente mal contada, sumiu dos palcos e da mídia. Assim. Puf. E o documentário vai lá e investiga: o que rolou, exatamente, para apagarem a maior voz brasileira dos anos 60/70 do mapa musical? Era verdade mesmo? Por que ninguém defendeu? E eu não vou te contar aqui a história toda: quero que você veja esse videozinho e levante correndo pra ir ao cinema enquanto “Simonal – Ninguém sabe o duro que dei” não sai de cartaz:

Se você não aproveitar nada da aula de documentário nem da aula de carisma do objeto da investigação, volta aqui e me dá um pescotapa.

Beijos e boa semana,
L.

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