A Di (sra. Ricardo Marola) me mandou isso e eu fiquei não menos do que encantada. Primeiro assistam ao vídeo com atenção, e tenham em mente que cada instrumento desses foi gravado separadamente, em partes diferentes do mundo, do planeta, do globo terrestre ou seja lá como vocês preferem chamar esse corpo celeste que habitamos (e que está reagindo aos nossos maus tratos – não há nada de new age nisso, é a lei de ação e reação mesmo!).
Bom, chega de bla bla bla, solta o VT:
A música é bonita, o arranjo é boa-praça e alto astral. Tem Rio de Janeiro, Holanda, Estados Unidos, África do Sul, Congo, e eu sei que você sentiu vontade de sorrir. Não é possível que não tenha sentido!
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Se você sorriu, cantarolou junto, verteu uma lagriminha ou simplesmente mandou esse vídeo pra alguém, o projeto Playing For Change: Peace Through Music deu mais um passinho em direção ao seu objetivo: sensibilizar as pessoas através da música – e nada melhor do que usar a internet para espalhar livremente o conceito de união, amizade e “vamos nos juntar para um planeta melhor”. Perca um tempinho lendo esta matéria que explica bem melhor do que eu do que isso se trata. É um projetão…
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…ainda que o patrocinador seja uma revista digital de música (ótimo! Não gasta nem desperdiça papel!) que só roda num player bem específico e que promete “músicas inéditas e exclusivas de seus artistas preferidos” se você pagar uma quantia mensal (ok, metade vai para a compra de remédios para controlar o HIV na África, mas convenhamos que usar um argumento desses pra te convencer a assinar uma revista que talvez nem seja tão boa assim é um golpe baixo!).
Pois é.
A linha entre um projeto REALMENTE BACANA e uma estratégia de marketing altamente apelativa é tênue – mas, pela qualidade dos vídeos produzidos e pela mensagem linda por trás, se todas as estratégias de marketing fossem assim, acredito que o mundo seria um pouco melhor.
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O timing desse vídeo aqui em casa foi perfeito: num dia, overdose de Gentileza (agradecida, Leo Guelman! Agradecida, Rizzo Miranda!). No outro, bate-papo sensacional com o queridíssimo Nélio Bilate. Agora, isso. E, assim, todas as minhocas que já estavam aqui dentro começaram a se inquietar…
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Demorou pra alguma grande marca incentivar algum projeto que sensibilize alguém para alguma causa que faça alguma diferença, né não? Convenhamos, pular corda ou correr uma maratona podem ser atividades divertidas e saudáveis, mas do mesmo jeito que a música é uma linguagem universal e pode, sim, despertar emoções, fica a dica de usar outras formas de arte, ou, quem sabe, o potencial viral (no melhor sentido da palavra) de uma peça largada em meio digital, pra espalhar idéias de paz e respeito, tanto às pessoas como ao meio ambiente.
Demorou também pra gente, que é pequeno, fazer uma coisinha de nada, que seja. Em ALGUM LUGAR ela chega, pode ter certeza. Dia da blogagem [política/social/gentil/ecológica]? BAH. Um post num blog UM DIA NO ANO não vai mudar o mundo, mas sim as atitudes [políticas/sociais/gentis/ecológicas] no dia-a-dia. O blog só reflete isso.
Fica a dica.
Mudar o mundo, acho que não rola. Mas torná-lo um pouquinho mais habitável… quem sabe?