Pourra, meu umbigo tá com uma espinha dentro da orelha que tá doendo horrores.
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Fiquei tão animada com a notícia da desistência do coisa-ruim das eleições em Niterói (pra não falar que, embora eu more no Rio há uns bons três anos, carioca merece mesmo o prefeito que tem, puta merda, vai votar mal assim lá na casa do c***) que nem mencionei a sensacional perseguição no trânsito às sete e vinte da matina, eu mereço mesmo começar o dia encarando motorista de ônibus (a quem interessar possa, linha 175) insanamente obcecado e com sede de vingança (o colega de outra linha bateu no pára-brisa traseiro e saiu fora como se nada tivesse acontecido).
E lá foi o maturista do 175 (pra quem não conhece, o 175 ficou famoso por causa da música do Gabriel O Pensador, mas por aqui é famoso por suas rodas mal encostarem no chão de tanto que os motoristas VOAM ao volante) passando sem parar por pontos, atrás do motorista zé-merdeiro – assim, meu amigo, tu consegue DUAS advertências, uma por andar com o pára-brisa quebrado e outra por infringir ALGUMAS leis de trânsito.
A perseguição só terminou ali na altura da Antero de Quental, quando o nosso intrépido piloto (que, claro, reclamava o tempo inteiro!!) não apenas NÃO entrou na Bartolomeu Mitre (é preciso conhecer um pouco da geografia da Zona Sul do Rio de Janeiro pra entender a piada) como só aí se deu conta de que fez merda atrás de merda em Ipanema e no Leblon inteiros atrás de um maluco que parou no ponto final que era logo ali, na General Osório.
Pelo menos cheguei no trabalho meia hora mais cedo — o sujeito voou mesmo.