Conversão

Graças à CEG (a companhia de gás do estado, para quem não conhece), que não apenas interrompeu o fornecimento de gás do meu prédio há uns bons dois meses, como também fez caquinha na hora de consertar, aumentando o vazamento, hoje sou uma pessoa mais completa e menos fresca, apta a viver em acampamentos, comunidades hippies e até – vejam vocês – abrigos antinucleares!

Obrigada, CEG, por me dar a oportunidade maravilhosa de aproveitar os benefícios da água fria, que tonifica a pele, melhora a circulação e ainda fecha as escamas dos cabelos, deixando-os mais brilhosos! Para não falar do choque térmico causado quando saímos do banho quente para o ambiente frio – graças a vocês, da CEG, estou livre deste mal!

(Lia verte uma lágrima de emoção)

Muito obrigada, CEG, por tornar meus dias de inverno mais saudáveis!

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O set de filmagem assassino

Das 220 pessoas presentes no set de filmagem de ‘The Conqueror’, em 1955, 91 desenvolveram câncer e 46 morreram em decorrência – incluindo aí John Wayne, Susan Hayward, Agnes Moorehead e o diretor Dick Powell.

O número é assombrosamente alto para não haver alguma relação com o fato de Nevada (logo ali) ter sido, dois anos antes, local de testes atômicos – e sim, a equipe sabia da existência de radiação no local, mas provavelmente não imaginava os possíveis efeitos. Metade dos residentes do local desenvolveu algum tipo câncer trinta anos depois.

Não, não descobri isso sozinha (claro!). A história está toda aqui.

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Duvidar de tudo. Sempre.

“A objetividade na informação da televisão é um mito falacioso. É impossível. Não existe uma janela aberta para o mundo. Não há transparência. Não pode haver. Toda informação é discurso, opinião. Por mais objetiva que possa parecer, ela envolve ideologia e produz ideologia.” — In: Joan Ferrés, “Televisão e Educação”.

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