Escolhi a carreira errada, está em tempo de me dedicar ao que eu realmente quero

Gabriel acaba de me mandar uma sugestão sensacional de ocupação: quando eu crescer, quero ser uma Actionette. E eu levo jeito, pô. Eu levo jeito.

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Sulistas trilegais

Há muito tempo que a expressão ‘banda gaúcha’ me remete a bandinhas com caras de cabelo ensebado (oquei, oquei, ‘cuidadosamente penteado para a frente com pomadas de 60 reais’), backings, tecladinhos e climinha retrô. Pois já que é pra ter ‘climinha retrô’, chute o balde logo de uma vez e faça como o Trem 27: junte um baixo acústico, banjo, bandolim, washboard e pezinhos batendo na platéia, e você tem uma banda de bluegrass. No site dá para baixar uma música e ouvir várias em streaming: é bom mesmo (Obrigada, Maíra, esta dica foi preciosa, amei)!

Apesar da idade, bluegrass no Brasil ainda é novidade, nossa tradição caipira passa longe dessa gostosura. O Matanza, apesar da cara de hardcore, arrisca um sonzinho caipira – onde ‘caipira’ está longe de ser este sertanejo baba que toca por aqui – de vez em quando, mas uma banda dedicada a isso, é a primeira vez que ouço. Para quem nunca ouviu ou nem ouviu falar no gênero, é uma espécie de pré-hillbilly, dos anos 40, com influências folk irlandesas e escocesas. Jogue um pouco de blues e gospel no liqüidificador e voilà, temos uma música gostosinha de dançar e bonita de se ouvir.

Se seu inglês estiver afiado, leia mais aqui e aqui.. mas o mais importante é ouvir. Para começar, vá até o site do Trem 27, ouça as músicas em streaming, depois abra seu p2p favorito e digite ‘O Brother Where Are Thou’. Iniciação feita, agora é gritar “IRRRAAAAA!!” e bater pezinho por aí.

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