Spam do bem
Quem me vê toda zen desse jeito, toda tolerante com tudo, não imagina que eu odeio um certo tipo de gente: péla-sacos digitais.
Para o pessoal de fora que não está acostumado com o termo, ‘péla-saco’ é aquele sujeito que, além de chato, é pedante – e, além de pedante, é chato. Tipo aqueles sujeitos que entram no Friendster (pra quem não sabe, um sitezinho batuta onde você se cadastra, acha seus amigos, e vê até onde sua rede de contatos pode chegar) numas de “quer ser meu amigo?”.
Não tiro a possibilidade de eventualmente fazer amigos nesses sites – mas costuma ser um processo natural, onde você se identifica com a pessoa por causa de seus gostos e preferências, e (no Friendster tem essa possibilidade), de quebra vocês percebem que têm referências um do outro por um ou mais amigos em comum. A maioria das minhas amizades começa assim, apresentadas por alguém, ou em listas de discussão, ou até mesmo aqui no blog, já conheci gente bem legal que soube abordar direito e tocar em pontos interessantes, trocamos idéia e pronto.
Mas “Quer ser meu amigo?”, ou pior, aquele sujeito que manda mensagem para a rede de contatos dos amigos dele dizendo “me adicionem!!”, isso é um péla-saco.
É quase como um spammer maldito-morram-spammers-malditos que escreve pro teu e-mail pessoal que você NÃO usa pra cadastrar em lugar nenhum (ou seja, provavlemente o MALA escreveu porque te achou na carbon copy de algum amigo seu) – ou seja, CHATO – e ainda usa um vocabulário totalmente PEDANTE (“spanzinho”? ora, vai pra &*@#!!!).
Mas é que existem os spams do bem, né? Aqueles que você não espera receber, não deu seu endereço, não pediu, mas por acaso achou o conteúdo do e-mail interessante.
Exemplo?
Hoje eu abri minha caixa postal e descobri que Os Eletrodomésticos ainda estão na ativa (ou seria “de volta”?).
Eles mesmos, os do “Choveu no meu Chip”.
Taí, se a cada “Enlarge your penis” eu recebesse um e-mail desses, poderia abrir um site de notícias.
* * *
Produção, figurino, maquiagem e um bom fotógrafo
Só preciso disso pra ficar GATA. Só isso. Saca só a Veronica Lake, uma das minhas ídalas. Agora dá uma manjada na Veronica Lake de biquíni. Deu pra entender? Silicone, academia, plástica no nariz, não preciso de NADA disso – apenas de um bom maquiador.
* * *
Alô meu povo de Niterói
Está rolando uma mostra de curtas no Cinema da UFF, e esta 3a feira é a grande oportunidade que vocês têm de assistirem a “Kaiju Eiga”, o grande clássico trash realizado pelo pessoal do curso de Cinema. Renato, um japonês enorme de grande, figuraça que nunca mais vi depois que terminamos a faculdade, faz o papel de um sujeito tão traumatizado por passar a infância sendo chamado de “monstro” pela namoradinha que acaba virando um serial killer que sai vestido de monstro matando garotas por aí. Como se não bastasse o figurino esdrúxulo do rapaz (se não me engano, obra da Marcele). Um must-see, certamente (pena que provavelmente não poderei estar lá pra ver!).