GAAAAHHH!!! Esse moleque é o cão!!!
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Esse site é mesmo pra perder horas e horas lendo: Grudge Match é uma das coisas mais inúteis e mais divertidas com que me deparei nos últimos tempos de internet – e esse site é a reedição de uma das primeiras abobrinhas que recomendei em alguns anos de recomendações TOSCAS. São lutas imaginárias, com o vencedor por votação popular.. agora imagina.. uma luta. Turma do Scooby Doo versus Turma do Charlie Brown. Calvin versus Bart Simpson. Xena versus Conan. E por aí vai. Eu te mostro o caminho, o que você vai fazer em suas horas de ócio não é problema meu.
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Texto longo.. tem certeza de que vai ler?
(acredito que o link acima e o texto abaixo me redimam de escrever por uns três dias.. vão comentando aí, vão..) 😉
Estava conversando com essa criatura fascinante sobre a péssima qualidade da literatura contemporânea, sobre como as leituras de hoje se assemelham a revistas e os parágrafos, a telegramas. A nivelação-por-baixo da qualidade dos impressos de hoje em dia, pressupondo o baixo nível cultural da maioria dos leitores (este é o meu país), faz com que qualquer obra escrita – seja ela um livro ou uma matéria num jornal – seja facilmente assimilada por uma criança de doze anos – quando o ideal seria que as pessoas que têm as referências literárias (e escrevem) se utilizassem delas para fazer com que os leitores procurassem enriquecer seus vocabulários ou cultivar o hábito da pesquisa.
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Para piorar, temos a internet como difusor de informação – e nós (que escrevemos) nos acostumamos o desconforto das barras de rolagem rolando parágrafos longos, às péssimas conexões que nos obrigam a picar a informação em páginas menores e em parágrafos pequenos – sob pena de perder o leitor que zapeia de site em site (aliás, esses neologismos baseados em anglicismos originários das novas tecnologias são outor horror: quase sempre existe palavra melhor em português) em busca de informação fácil (se isso fosse um texto impresso, eu não colocaria esses três asteriscos de separação).
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Essa nova linguagem vicia. Quem escreve se limita a períodos curtos e vocabulário limitado, e quem lê se sente mais confortável e ‘desacostuma’ a ler “livros de verdade”, clássicos etc. – Repare que acabei de cometer alguns pecados. O Manifesto Antropófago de 1928 (Ano 374 da Deglutição do Bispo Sardinha, se bem me recordo) já fazia isso, é verdade, mas seus autores tinham contato com obras de real valor literário antes de quebrar as convenções de forma. Entenda que, para revolucionar, é preciso conhecer o que se vai mudar e saber por que está mudando. Me considero medíocre, não gosto de divulgar o que escrevo (e isso vai de contos a letras de música), porque meus padrões de exigência são altos – como achar que escrevi uma boa letra de música, com Brian Wilson soando ao fundo? Como gostar do meu conto mais recente com Edgar Allan Poe na mesa da sala? É por essas e outras que minha autocrítica me impede de passar da oitava página, sempre.
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Isso para não falar sobre o conteúdo muitas vezes vazio, para consumo imediato e entretenimento sem precisar pensar. Ler um livro de terror e não ter medo de ir ao banheiro de madrugada, ler um livro que você não precise parar nem por dez minutos para refletir sobre nada.. me parece sem propósito. Mas não vou me ater a este tópico, senão lá se vai mais uma lauda e ninguém nunca mais volta aqui – e também porque sempre haverá um Neil Gaiman ou um Paul Auster para me deixar desconcertada a respeito da realidade estranha que vivo.
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People are Strange
Sem link. Sem nomes. Porque manter a classe é fundamental
Vítima. Gente que se faz de vítima e mente deliberadamente me dá vontade de marcar a testa (não a minha, mas a dessas criaturas cínicas, mentirosas e que se fazem de vítima) com aqueles ferros de marcar boi, dizendo “bom senso: not found”. “Elas me odeiam”, “falo com todas normalmente”.. isso. Posa de bonzinho mesmo, enquanto faz intriga barata pelas costas. O caminho é esse.
..eu já disse, e repito: se é que existe algo que se assemelha ao conceito do que dizem acreditar ser Deus, ele/ ela/ isso se encarrega de dar a cada um de nós, mortais, o que merecemos – o que me desobriga de qualquer ação (a não ser passar mal quando vejo essas demonstrações de imaturidade). Eu tou na minha. Quem está se queimando fazendo intriguinhas e mentindo deslavadamente pra agradar não sou eu.
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Agora vamos falar de coisas legais, vamos? Já adotou um TamaGOTHi?