Loooove.. love will tear us apart.. again
Ontem fui finalmente ver “A Festa Nunca Termina” (“24 Hour Party People”/”Madchester”). Apesar da infeliz tradução do título, o documentário-ficção sobre a cena de Manchester do fim dos anos 70 – época de Sex Pistols e Buzzcocks – até meados da década de 80 é FODA, amigos. Excelente.
O filme é narrado por Tony Wilson (Steve Coogan), apresentador de um programa de tevê local, diretor da Factory Records (selo que lançou Joy Division, Happy Mondays e New Order) e dono do Hacienda, club de Manchester onde as bandas da Factory se apresentavam e berço da cultura rave. Wilson realmente existiu, e é retratado como um cara excêntrico e enciclopédia ambulante. Aliás, o próprio faz uma ponta como editor do programa de tevê – e outras pontas ilustres de gente que ESTEVE LÁ dão o tom do filme, junto com os efeitos especiais bizarros, as imagens de arquivo, os atores excelentes (Ian Curtis e Shaun Ryder estão perfeitos. Perfeitos) e, é claro, a trilha sonora de primeira.
Preste atenção em:
– Shirley Henderson, mais uma vez perfeita – dessa vez no papel de Lindsay, primeira mulher de Tony Wilson. Henderson, para quem não sabe, estava maravilhosa em “Topsy Turvy”, “O Diário de Bridget Jones”, e irreconhecível como A Murta Que Geme, no 2° filme da série “Harry Potter”.
– Toda cena tem seus figuraças. John The Postman é o equivalente deles a várias figuras que brotam nos shows e roubam a cena.. uma espécie de cruza entre o Joe (figuraça que habitava os arredores da ECO-UFRJ), e o Adriano (que dispensa apresentações), se é que tal mistura pode existir.
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Foda é admitir que Joy Division é FODA. Não vou dar o braço a torcer. Não vou. Nãããoooo adianta. Coisa de gródigo. Não…. 😉