Eu gosto das balas Toffee da Bhering porque, como eu, elas usam saia de bolinhas.
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Durval Discos
Não acredite no bonequinho indo embora do cinema.
O filme NÃO desanda quando há a tal “reviravolta, que transforma o filme num suspense” simplesmente porque “Durval Discos” não é um suspense. Sim, o filme adquire um tom mais tenso, mas ainda assim é engraçado. Surpreendente, até. A história é previsível? Sim. No entanto, o que surpreende é a coragem de montar cenários (não a cenografia, caras – estou falando das situações) absurdamente surreais e, ao mesmo tempo, razoavelmente verossímeis. De maneira alguma dá pra comparar “Durval Discos” com “Alta Fidelidade”, só porque o protagonista é um purista dono de uma loja de vinis – são histórias completamente diferentes, e personagens com outras motivações – Durval, apesar de hippie velho, amante de vinis antigos, não se move por causa de mulheres ou música – Durval passa dos 40 e ainda não saiu da casa da mãe – ele simplesmente não se move, fazendo todas as vontades da velha senhora – perfeitamente caracterizada, com direito a band-aidinho no pulso e tudo.
Parece que alguém observou uma lojinha empoeirada e, num lampejo de genialidade (por que raios todo lampejo é de genialidade??), começou a imaginar situações absurdas acontecendo naquele segundo andar. A cena em que a menina pinta a parede (mais, não digo – só que todos os protagonistas estão em quadro) é comovente, quase um Buñuel. Te juro. Eu não ria por ser engraçado, ria de nervoso.
Já dizia o marketeiro que dá palestras, cujo nome não me ocorre agora, que criatividade é coisa de pobre. Faz sentido, “Durval Discos” é quase uma ‘one stage play’, com participações especiais de famosos amigos da diretora – deve ter custado bem barato. E é divertido. “Cinema é a maior diversão”, não é isso o que o cartaz dizia?
Então.
Vão lá ver.
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Esse fim de semana teve mais filmes.. “Amélie Poulain”, de novo (pra ouvir mamãe dizer que “filha, lembrei tanto de você quando vi esse filme!”) e “O Poder Vai Dançar”, uma fábula norte-americana sobre arte durante a Grande Depressão e as mudanças que o teatro pode trazer para a sociedade.. romanceado pra carajo, mas tudo bem.. o filme diverte e a trilha sonora é fantástica.
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A Páscoa.. nem te conto. Amigos de infância e almoço em família.. principalmente quando você faz sua própria comida no fim de semana.. não tem preço.
E vocês? Comeram bem? Chocolates? Viram filmes? Quais? Vamos lá, blog também pode ser interação (já sei, já sei, o tal do Jonas vai falar “que blosta”, mas vai continuar vindo aqui todo dia, rá rá).