Sabedoria Popular

Ouvi essa na Mundo Verde:

– Vocês têm Celestina de Soja?

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Hey, boyo!

Esqueçam a interpretação caricata do Day-Lewis e o fato de que nunca na vida aquele moleque do Leonardo DiCaprio despertaria tesão em alguém, ainda mais com aquele bigodinho – no máximo, uma vontade de apertar suas bochechas e levar pra casa, chamando de “cuti cuti”: “Gangues de Nova York” é um filmão, e nem digo isso pela longa duração; a história das guerrinhas urbanas entre americanos nativos e imigrantes irlandeses na praça que um dia viraria Chinatown é interessantíssima – pra quem conhece a geografia da cidade, pra quem curte música típica irlandesa (aaah, prato cheio), pra quem gosta de Martin Scorcese.. porque no fundo toda guerra é sem propósito e essa não é diferente, uma vez que os nativistas são descendentes de imigrantes ingleses e os irlandeses só viraram católicos depois da Inquisição, ou seja, a guerra-santa não faz sentido algum – mas desde que a humanidade existe, acha-se motivos para brigar, e de nações até indivíduos aparentemente inofensivos, é inconcebível que um ataque seja respondido com uma ação de paz de volta (como um sorriso. ou a resistência pacífica. as pessoas não estão preparadas para a não-violência ou para um abraço). E as brigas de “Gangues de Nova York” são realmente estúpidas e primitivas, com cada arma de fazer pular da cadeira. E quem é mau, é mau mesmo. Embora o final seja óbvio (você sabe alguma coisa sobre a história de N. York? Sabe quem está narrando?), o ‘durante’ faz a bunda colar na cadeira e os olhos, na tela. Te juro.

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Se liga que o Johnny é o ex-garotinho, hoje um rapagão, que fez o Elliot em “E.T.”. E o Shang, viu, baby, descobri de onde conheço o Shang – esteve em “Snatch”, do Guy “Sr. Madonna” Ritchie.

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Associação de Idéias

Toda vez em que algum irlandês dizia “Boyo” eu cantarolava mentalmente “Wrong ‘em Boyo”, do The Clash. Éééé..

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Agora, a passagem que mais me tocou o coração foi a dos caras comentando sobre os ritmos negros misturados à música irlandesa com ar de quem acha patético – enquanto a imagem mostra uma espécie de precursor de Bojangles. Sabe quem foi Bojangles?

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They may not know who’s president, but just ask’em who Bojangles is

Bill “Bojangles” Robinson sapateava. Como se só sapatear não fosse o bastante, Bojangles redefiniu o peso dos pés durante a dança (e depois, Bubbles criou as ‘notas’ a serem dadas com os pés, transformando o sapateado em instrumento musical). Bojangles fazia dupla com Shirley Temple, fez par romântico com Lena Horne (quebrando o tabu dos casais inter-raciais no cinema da época), trabalhou em “The Hot Mikado”, se apresentava no Cotton Club acompanhando Cab Calloway (POOOOORRRAAAAA que currículo!!) e foi influência para Fred Astaire – em seu filme “Swing Time” há esta canção de J. Kern chamada “Bojangles of Harlem” – o que Astaire fez foi, basicamente, conferir elegância à dança. E que elegância. Eu já disse o quanto eu amo esse homem? Pois ééé..

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E eu resisto?? Tive que comprar a HQ da Mulher Maravilha que está nas bancas, “Hiketeia”. Fraquinho, fraquinho. Diana luta com Batman por uma criminosa que, pelas leis de seu povo, ela é obrigada a proteger. Ok, é fraco, mas é a Mulher Maravilha, sempre vale a pena..

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