Nunca um disco me soou tão perfeito, atual e “tudo-a-ver-com-o-que-estou-passando-agora” como o genial “Stress, Depressão & Síndrome do Pânico”, dos meus queridos e estimados Autoramas.

Na jukebox mental/interna, “Agora minha sorte mudou” e “Carinha triste”.

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Oi, tudo bem?

Você sabe que se você é meu amigo e eu te pergunto assim, do nada, se está tudo bem, não faço questão de uma resposta-protocolo, do tipo “tudo, e você?”. Se eu pergunto se está tudo bem, realmente demonstro interesse no seu bem-estar. Se não estiver tudo bem, pode falar, pode dizer o que está acontecendo de errado que eu te dou a maior força para resolver. Se estiver, um “tudo, e você?” está ok também. Simples assim.

Meu problema está no “oi, tudo bem?” desnecessário, que exige uma respostas protocolar e superficial. Chega de coisas superficiais na minha vida, sabe? Cansei de ouvir (e responder):

– Aquele “Oi, tudo bem?” sem interesse real na outra pessoa, que pode ser facilmente substituído por um simples “Bom dia”.

– Aquele “Tudo bem?” quando você vê que as coisas não estão bem – aquele “Fulano, está tudo bem?” quando você vê que os olhos estão vermelhos e o nariz, inchado – se você sabe que as coisas não vão bem, por que pergunta? Por que não mudar o foco da pergunta, com um “Precisa de alguma coisa?” ou “Melhoras, hein?”.

– E principalmente, aquele “Tudo bem?” pra ter assunto.

Exemplo? Você está no elevador, alguém que você não conhece pergunta “Oi, tudo bem?” (especialmente acompanhado de um olhadão para minhas pernocas bem torneadas). Se você não é meu amigo íntimo, suponho que não tenha interesse real em ouvir minhas mazelas, certo?

Então pronto. Parei.

Esse é meu primeiro corte em coisas superficiais que permeiam a minha vida e podem me trazer problemas sérios, se eu continuar levando esses hábitos em frente.

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Santa Ironia, Batman!

Hoje descobri por acaso uma espécie de “pessoa tudo a ver comigo”. A mais improvável do mundo. Até as frases que eu uso direto aqui a criatura usa, as mesmas obsessões com certos filmes, livros e músicas, inacreditável. Mais uma dessas pessoas que parecem ser legais, mas não vou fazer contato não – e tenho meus motivos pra isso, um deles é que pode pegar mal – ainda mais numa época em que tudo o que eu faço chega com ruídos ao outro lado. E vamos ficar eternamente postando recadinhos em nossas páginas pessoais até chegar ao limite do ridículo, e rir pra caralho disso tudo um dia. E, bem, é isso aí.

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Vi o filme dos dragões.

E prometo que não vou me apaixonar dessa vez.

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