Como se meu Orgulho Nerd não fosse o bastante, descobri pelo Emode que tenho 133 de QI. Só pra constar, pessoas inteligentes marcam 100. Já segundo o Ace Viper, meu QI é de 159, “QI de gênio”, o que eu não sou – ou sou mas não sabia? Só porque aprendi a ler sozinha aos 3 anos?
Se levarmos em conta a não-confiabilidade desses testes online, ainda assim meu score é alto.
Hum, legal. Serve pra alguma coisa?
* * *
Não tem pra Jerry Lewis nem pra mais ninguém: Rick Moranis é o nerd-padrão do cinema. Em TODOS OS SEUS FILMES, Moranis está com aqueles óculos, suéter, cabelo arrumadinho, seja encolhendo crianças, criando plantas carnívoras e apaixonado pela mocinha que sai com o cara mau, pagando de Barney Rubble, capturando fantasmas com ajuda de canhões de ectoplasma (¿¿era isso mesmo??), ou ainda como um general malvado que, além de baixinho e de óculos, ainda é asmático e referência a Guerra Nas Estrelas.
Quer dizer, teve Jerry Lewis, teve “A Vingança dos Nerds”, mas a culpa pela prorrogação do estereótipo é dele.
Graças a deus os anos 90 nos deram nerds descolados, hackers, Keanu Reeves, Jeanne Garofalo, Fox Mulder, salários relativamente altos para quem trabalha com computação, e agora você pode assumir publicamente sua condição sem soar patético. Sem que as pessoas esperem que você tenha cara de Rick Moranis.
* * *
Como se apenas o Orgulho Nerd não fosse o bastante, comprei aquele livro “Hiperespaço”, de Michio Kaku, o homem que apresentou a Teoria das Supercordas para o mundo.
Eu sei, eu sei, sou formada em Produção Cultural pelo depto. de Artes da Universidade Federal Fluminense. Em tese, deveria me interessar por Teoria de Cultura de Massa, Mídias, essas coisas. Sim, me interesso. Mesmo sem precisar pra faculdade (a-ca-bei), continuo lendo textos acadêmicos e matérias de revistas e jornais referentes à construção de produtos de mídia. Escrevo sobre o assunto. Mas minha curiosidade quase infantil me impele a pesquisar sobre o universo – seja em cursinhos de astronomia, em livros de física para leigos (é, ainda não cheguei num estágio tão avançado de NERDICE, 😉 ), nos almoços com a família (lá na casa da minha mãe é todo mundo assim, sabia?), em livros de ficção, me cercando de gente que se interessa pelo assunto.
* * *
Às vezes me dá uma certa agonia. Quanto mais você tenta entender essas coisas, mais distante de alguma verdade você parece. A cada vez que você assimila uma informação, milhões de informações novas estão sendo geradas e divulgadas por aí. A cada teoria que você finalmente entende e aceita, várias teorias novas – e convincentes – aparecem para desestruturar tua mente e tuas crenças. Viver na ignorância talvez seja mais fácil – porque pesquisar e tentar entender coisas te OBRIGA A ASSUMIR que não entende p*** nenhuma de nada, embora tente, tente, tente. Ou seja, é humilhante. O Universo é humilhante, fim.
* * *
Pra não dizer que o post de hoje está nerd demais, Madonna e Guy Ritchie estão escrevendo um livro infantil. Leia mais aqui.