Se eu fosse uma banda..

Pra começar, eu não seria o Weezer. Eu não teria aquelas guitarras e não faria um disco agoniado como o Pinkerton. Não teria tanta rotatividade de baixistas, muito provavelmente manteria a mesma formação por vinte anos.

Muito provavelmente não seria os Beach Boys, que, apesar de ser uma das minhas bandas preferidas, não é a minha realidade – tanto aquela coisa de praia, carros e garotas como o gênio atormentado do Brian Wilson. Eu nunca faria um Pet Sounds.

Stray Cats ou Brian Setzer Orchestra? Não. Eles são maduros. A BSO é um tipo de som adulto demais pra mim, e o Stray Cats é uma realidade retrô demais. Eu gosto, eu curto, mas eu vivo em 2002, tenho outros interesses além desses. E eu não teria um visual muito diferente. Eu não sou poser, apesar de tirar onda ou tirar sarro da cara dos outros com esse meu lado. Eu ando de jeans, camiseta e tênis e me orgulho disso.

Taí, eu podia ser o Man.. or Astroman?, mas não sou tão científica (Ae, Carina, esse é seu!). Então não podia ser o Devo, porque não sou tão esquisitona e nem tão nonsense nem tão experimental e nem tão fora dos padrões. Eu posso ser freak, mas quero casar, ter filhos, levo uma vida normal e conseguiria levar um assunto com qualquer tipo de gente. Teria uma ou outra música falando de coisas prosaicas, como pessoas esperando um ônibus.

Eu teria letras felizes, mas não seria um Shonen Knife – afinal, eu tenho algumas preocupações na vida, e não teria letras tão infantis – falaria coisas do tipo “why can’t I get just one fuck”, ou “dance, motherfucker”, sem soar agressiva.. sim, por que não?

Ser o Pixies me parece ótimo, eu adoraria, mas não adianta, se eu fosse uma banda, não influenciaria tanta gente, não teria um cara tipo o Frank Black nos vocais. É, eu não teria o Frank Black nos vocais. E não teria duas guitarras. Não preciso disso. Aliás, eu não terminaria, estaria tocando até hoje, todo mundo barrigudo mas ainda se divertindo. Não teria guerrinha de ego.

Eu teria músicas cretinas de três acordes ou menos, mas não seria uma bandinha punk – teria, sei lá, um baixo acústico pra me diferenciar de outras bandas “guitarra+baixo+bateria”. Meu som seria leve, sem muitas distorções ou esporros, seria alguma coisa que necessariamente te deixaria feliz se me ouvisse. Teria um vocalista com voz de nerd, músicas de amor, mas não soaria cafona – seria um rockzinho legal. Teria algumas referências aos Beach Boys, ok. Teria umas músicas meio caipiras, seria sarcástica, bem humorada sem ser palhaça. Teria um potencial pop tremendo, mas tem alguma coisa freak que me deixaria restrita a uma parcela meio específica de fãs.

Não teria nenhum histórico de drogas, mortes estranhas ou separações briguentas, estrelismos de integrantes, seria quase uma bandinha de 2a divisão, não fosse por um detalhe: eu seria boa pra cacete.

Acho que eu seria o Violent Femmes

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Ok, meu horóscopo freak de hoje diz que as águas da minha imaginação estão a mil, como jatos tumultuados de uma Jacuzzi cujo controle eu não tenho acesso – alguém está brincando com as opções e eu não sei o que esperar da Jacuzzi.

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ELE NÃO VAI BOTAR MEU FANSIGN DESCARADO LÁ. TUDO BEM, EU BOTO AQUI. Heh.

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Já tinha feito esse há séculos, mas tá todo mundo postando os resultados e como blog é modinha, resolvi postar também:



Você é “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” de Jean Pierre Jeunet. Você é engraçado(a), original. Uma pessoa leve e maravilhosa de se conviver.

Faça você também Que

bom filme é você?
Uma criação de<img height="25" border="0" O

Mundo Insano da Abyssinia

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Eu já sabia que o resultado seria esse mesmo antes de ver as opções. Só pra refrescar a memória de vocês:



(eu pagando de Amélie Poulain, crente que estou abafando)

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Vocês são 100 por dia. Deixem comentários, que coisa! O gato comeu a língua?

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