Muito útil, um espelho que não inverte a imagem.
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Achar um cd de 60 reais por 30 reais na Saraiva é sorte. Quando esse cd é um 2 em 1 do Devo (“Duty Now For The Future” + “New Traditionalists”), você pode se considerar realmente com o cu pra lua.
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IDORU
Calma. Não terminei ainda, falta um bocado.
Comparar William Gibson com Raymond Chandler soa um tanto forçado, mas até que faz algum sentido – é uma trama policial intrincada e, até onde cheguei, tem algo a ver com um ídolo pop envolvido em algum escândalo – uma noção vaga de japonês confirma isso, já que “Idoru” seria uma forma japonesa para o termo inglês “Idol”. No entanto, mais do que a trama policial – que te prende e deixa curioso sobre o que vem por aí, mas ainda um pouco confusa na página 50, quando você ainda não tem certeza do papel dos personagens na história – William Gibson te ganha pela ambientação: sim, é uma trama policial E sci-fi – pra quem não conhece, muito prazer, isso é literatura CYBERPUNK (a estética cyberpunk você já está careca de ver, o primo mais famoso é um filme e atende pelo nome de “Blade Runner”).
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Foda é você se deslumbrar com um livro muito bom e ouvir de um colega “Como você consegue? É muito grosso.” (muito grosso = meras 247 páginas).
Isso me faz pensar que talvez eu esteja mesmo no lugar errado.