Eu sei que não fumo, ainda mais no quarto (minha rinite/ bronquite/ sinusite/ otite não deixaria), mas preciso de um cigarro para encarnar a próxima personagem aqui no blog.

Lembra, um dos primeiros testes de personalidade que eu fiz, sobre “Que robô você seria”, deu ELA. Esses dias meu chefe disse que eu estava parecendo com ELA. E ainda cantei “Rachels oh Rachels uuu uuu I don’t wanna fuck you”, do Little Quail.

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24 anos na cara e ainda não aprendi a fazer depilação com cera quente sem deixar a cara, os pés e braços, e o chão do banheiro, tudo, tudo colando. Amadora.

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HEATHEN, David Bowie. Cover do Pixies (“Cactus”), do Neil Young (“I’ve been waiting for you”, que o Pixies também faz cover) e do Legendary Stardust Cowboy (“I Took A Trip On A Gemini Spaceship”). Bowie, mesmo quando se mete a eletrônico, faz um som ARTESANAL – tudo muito cuidadoso, timbres certos nos lugares certos. Em “Heathen”, o que se ouve são guitarras sujas, pianos que remetem à boa e velha fase de “Life On Mars”, ‘desencontros’ propositais que lembram o Bowie dos anos 80, atmosfera noir – como sugere a capa – e até alguns barulhinhos claramente produzidos por computador – tudo perfeitamente justificável, as melhores e mais novas tecnologias a serviço do bom e velho… rock’n’roll??? Não creio, rock’n’roll é música para jovens, e “Heathen” é um disco maduro – o que definitivamente não qualifica David Bowie como “ultrapassado”, visto que seus discos mais recentes continuam soando como novidade para nossos ouvidos, e mais do que up-to-date, Bowie é avant-garde, e consegue manter suas características sem ser auto-referente.

É. Pirei nesse disco. Fazer o que? Não é culpa minha que David Bowie está cada vez melhor.

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