Ok, vocês já devem ter visto pelas fotos aqui que eu não sou nenhuma diva, mas também não sou nenhuma bruaca (quem me conhece ao vivo deve ter opinião melhor). Todo mundo sabe que eu sou uma mulher na média, nem muito alta nem muito baixa, nem magra e nem gorda, meu cabelo não tem mais cores berrantes e hoje eu estou discretamente vestida – Melissa plataforma lilás, calça capri jeans escuro e um pulover de lã cinza que era do meu avô. Cabelos soltos sem a franjinha. Assim, nada que chame muito a atenção (milagre).
E mesmo assim, as pessoas na rua insistem em me encarar, como se eu fizesse um tipo muito exótico.
Isso incomoda um pouco.
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Se um dia tudo acabar, seus amigos se mudarem, casarem, sumirem do circuito por algum motivo (vão continuar sendo seus amigos, mas terão as vidas deles), quando as coisas estiverem realmente difíceis pro seu lado, você ainda tem a sua família.
Existe ex-amigo, ex-marido, ex-namorado, mas ex-mãe, ex-pai e ex-irmão é impossível. São eles que vão te apoiar sempre, são eles que vão abrir seus olhos quando você faz merda, são eles que vão brigar com você – mas pode ter certeza de que é pra você aprender alguma coisa. São eles que vão comemorar sua formatura e chorar no seu casamento, e ajudar a criar seus filhos, como eles te criaram. São ELES que vão te acolher se tudo der errado. Pensa nisso e vai lá abraçar sua mãe, seu pai, sua avó. Eu espero aqui.
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E ah, sim.
ODEIO gente resmungona. Aquelas pessoas que sentam do seu lado no ônibus e ficam fazendobarulhos com a boca, “tsc”. Murmurando alguma coisa com alguns palavrões no meio. Que reclamam do trânsito mesmo sabendo que não vai adiantar nada, só encher o saco de quem está perto. Lógico que gente resmungona não resmunga apenas nessas ocasiões, e o perigo está aí. Essas pessoas deveriam se tratar.