Você é o “O Clone” de quem?
Obrigada, Flávia, por mais essa!
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Ontem fui pra casa do meu pai, ficamos vendo um filme muito merda na TVA… ‘Premonição’, que filme podre. Tá, as mortes são MUUUUITO gore, a da professora é a melhor (fica frio se você não viu, não estou contando nada demais, todo mundo morre nesse filme), mas a história é de uma nulidade.. bem, quem se importa com a história quando um cara é decepado na sua frente, heee.
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Sim, estou terminando de ler ‘Bandidos’, de Elmore Leonard (já citei isso lá embaixo) e resolvi passar na Saraiva pra emendar com “O Falcão Maltês”, de Dashiell Hammet. Embora eu tenha a ligeira impressão de que minha mãe tem esse livro, ou meu pai, mas é sempre legal ter o seu próprio Dashiell Hammet, não é mesmo?
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O Falcão Maltês, não sei se vocês sabem, virou filme pelas mãos do Grande Mestre John Houston, com Humphrey Bogart no papel de Sam Spade, em 1941, e saiu por aqui com o título de “Relíquia Macabra”. Há também uma versão de 1931, dirigida por Roy Del Ruth, mas a de Houston é um clássico do cinema noir.
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E por falar em diretores ‘noir’, já ouviu falar em Robert Siodmak? Não, né, o cara é um anônimo. Bem, saca só o tanto de filme que ele já fez. O homem é um gênio do filme- clichê- policial- noir. Em 1996, eu e meu pai assistimos a um filme de Robert Siodmak num festival, era importante pro meu pai, falava sobre Brasil (um dia eu falo da tese de doutorado que virou livro do meu pai), era mais um desses filmes em que alguém comete um crime foge pra cá, ou sobre tráfico de escravas brancas com portugueses e hispânicos no papel de brasileiros. Achamos tão genial e ao mesmm tempo tão clichê que vimos mais uns 6 filmes do cara naquela mostra (Festival du Film de La Rochelle, 1996).
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Antes de se tornar ‘O Mestre Do Suspense’, Alfred Hitchcock era um diretor fazendo filminhos policiais na Inglaterra. Nessa fase, ele fez ‘The Ring’ (mudo!), ‘O mistério do número 17’, ‘Os 39 degraus’, ‘the Lodger’, ‘Blackmail’, só clássicos, mas ainda um pouco longe dos filmes que o consagraram como metteur-en-scéne (há uma versão de ‘O homem que sabia demais’ nos anos 30, antes da versão definitiva e conhecida do público, sabia dessa?). Até o meio dos anos 30, Alfred Hitchcock era apenas mais um diretorzinho de filmes noir na Inglaterra, embora seus filmes dessem pistas do que viria por aí. Três marcas registradas do diretor, que permaneceram até o final: suas aparições (a primeira foi em ‘The Lodger’), uma dose de Brandy e, é claro, o McGuffin.