O desenho dos Rugrats passa no programa da Jackie todo dia umas nove e quinze da manhã, é o horário que estou tomando meu desjejum, secando os cabelos, enfim, é isso ou Ana Maria Braga – e me dói ver a senhora careca que está com câncer. Pois bem, viciei nas historinhas fofas daqueles bebês horrorosos, malvados, crúéis como só uma criança consegue ser, fofinhos, ingênuos, com pais absolutamente normais e que, pode ver, pelos pais você já conhece os filhos. Reza a lenda que a criadora do desenho fez mesmo uma pesquisa com crianças pequenas para saber o que elas gostariam de ver no desenho – e por isso, Rugrats é um sucesso.
Mas eu não quero falar disso. Hoje, vendo os créditos iniciais do desenho, li as letras que diziam:
Music:
Mark Mothersbaugh
Bob Mothersbaugh
Sacou? Lembrou de algo? Entendeu o que eu quis dizer? Chama o Gerald Casale e você tem o DEVO, a banda de new wave synth pop etc etc mais genial dos anos 70/80, até hoje é referência pra bandas como Man..or Astroman? ou até mesmo os Autoramas. A trilha sonora dos Rugrats é do Devo e pronto. Entendeu por que você TEM QUE ver o desenho?
Só pra constar: o Bis toca o tema das Meninas Superpoderosas (“Blossom, commander and the leader…”), o Man..or Astroman? faz a música tema do Space Ghost Coast to Coast, e, se não me engano, o Devo andou metendo o bedelho no Dexter. Mas nada se compara a fazer as músicas incidentais de um desenho inteiro, todos os episódios. Esse rock que eu gosto é muito pureza mesmo.