8M2018


Neste 8 de março, gostaria que vocês lessem este relatório do ITDP – Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento sobre o acesso de mulheres e crianças à cidade: http://itdpbrasil.org.br/mulheres/. Embora tenhamos o direito à igualdade garantido na constituição, na prática as cidades são mais inseguras, desconfortáveis e têm sua locomoção mais dificultada para mulheres do que para homens. Leia o relatório e entenda.

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Neste 8 de março, eu gostaria que mulheres entendessem a importância de votar em outras mulheres para cargos no poder legislativo. “Mas eu vou votar em uma mulher só por ser mulher, com tantos candidatos homens tão conceituados e…?” É, só porque é mulher, sim. Porque homens não estão preocupados com vagas em creches, com as condições de trabalho de gestantes, com o aumento da licença paternidade (o que diminuiria a carga do “se você tiver filhos, você vai se ausentar”, que só existe com mulheres; e ainda aumentaria a participação masculina em casa e no cuidado com os filhos) e da licença maternidade (para ser compatível com o tempo recomendado de aleitamento segundo a OMS), e muito menos com o seu corpo. Representatividade importa, sim.

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Neste 8 de março, gostaria que vocês lessem o estudo sobre gênero e raça no mercado audiovisual apresentado pela Agência Nacional do Cinema no início deste ano, tirassem suas próprias conclusões e levassem isso para seus mercados de trabalho.

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Neste 8 de março, gostaria que mulheres estivessem realmente umas pelas outras, e não COMPETINDO umas com as outras. E não falando mal umas das outras. E não puxando o tapete umas das outras, ou fazendo de tudo para deixar outras mulheres e meninas na mão. Dizer “eu faço muito pelas mulheres” é muito bonito, mas sororidade tem que ser na prática.

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E “pelas outras”, incluo as mulheres trans também.

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Feliz dia do “fiz uma imagem de Dia da Mulher para compartilhar nas MINHAS redes sociais e veio um macho no Twitter dizer como eu deveria ter diagramado”.

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“Somos guerreiras por falta de opção” – Cris França.

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Minha vida é mais fácil que a de muita gente. Tenho o privilégio branco de classe média. Tenho uma família que sempre me orientou para fazer boas escolhas. Tenho uma extensa rede de apoio. Tenho um companheiro que chega junto nos corres da vida. E tenho uma filha menina. Se antes eu brigava por mim, agora brigo por nós. E se você é homem ou tem um menino e casa, veja este filme: https://www.netflix.com/br/title/80076159 – The Mask You Live In.

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8 de março é um dia para nos lembrar de uma LUTA que ainda não acabou. Eu sei, foi homem que escreveu este artigo. Mas é bom, leia.

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Por fim: