R.I.P. Lou Reed


Eu tinha uns 13 ou 14 anos quando procurei alguma coisa do Velvet Underground pela primeira vez, porque meus amigos adoravam e eu queria saber o que era aquilo. De primeira, não curti – claro, fui logo ouvir músicas de 10 minutos e – por deus, que coisa ruim – Nico cantando. Então é isso?

Não, não era. The Velvet Underground era puro rock. Era pré-punk, era simples, eram dois ou três acordes. Era Lou Reed, John Cale, Sterling Morrison e Moe Tucker influenciando TODAS as gerações posteriores de roqueiros. Eram as ruas de uma Nova Iorque que só conheci aos dezessete (e mesmo assim, definitivamente não com aquela intensidade), era a beleza e poesia da sujeira das esquinas – e a carreira solo de Lou Reed foi ainda mais incrível. Nem vou falar aqui do “Transformer”, clássico das listas de discos mais clássicos, nem do incrível “Berlin”, mas de “New York” e “Set the twilight reeling” – Lou Reed soube envelhecer com dignidade – em termos de sonoridade, de temática, e não menos rock’n’roll.

Taí alguém que foi embora deste mundo deixando LEGADO.

Vá em paz, Lou Reed.


http://youtu.be/LV86pwOnm4w

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