Botando as finanças em dia 5


Aqui em casa é difícil. Marido é gastador, apesar de ganhar pouco. Eu sou bem mais regulada, mas não necessariamente organizada. E até muito recentemente, não tinha hábito de guardar dinheiro (até porque não havia salário suficiente).

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Ultimamente, tem sido possível. Não muito, é verdade, mas alguma coisa. Alguma pão durice é necessária, e o hábito de pensar a médio/longo prazo também. Já fez as contas de quanto você gasta numa saída à noite? Bebida + algo pra comer + táxi + entrada para algum lugar. Pois é. Agora multiplique por 4, caso você goste de sair toda semana, e veja o ROMBO no orçamento. Você quer MESMO fazer aquela viagem nas férias, mas não ganha um salário que é lá essas coisas? Então você vai ter que optar, infelizmente. Marido não optou durante o ano todo, apesar dos meus apelos, e agora periga eu ir sozinha. Ele tem menos de um mês para contornar algo que, se tivesse se planejado durante o ano… estou torcendo! Estou ajudando! Mas, gente, entendam que planejamento é fundamental.

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Você usa homebanking? Acabo de descobrir que o do meu banco faz um rastreamento – assustador, é verdade, mas usado para uma boa causa – de tudo o que compro no débito. Não que eu já não soubesse que o rastreamento é possível, mas a boa causa é a seguinte: existe uma ferramenta de planejamento de finanças, que me dá todas as movimentações financeiras agrupadas por tipo (comunicações, lazer, casa, etc), mostra quanto eu tenho nos investimentos (por enquanto, apenas poupança e fundo de renda fixa LP. A previdência será aberta em breve). Ou seja, eu não tou pão-dura porque não tenho dinheiro: eu evito gastar porque estou guardando para a viagem, para o imóvel, para quando tiver filhos, para a aposentadoria. Sacou?

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A sua relação com dinheiro precisa ser boa, sabe? Se você tem um salário mensal, você tem dinheiro – só que direciona para as prioridades erradas. Ficar dizendo “não vou fazer porque não tenho dinheiro” atrai não ter dinheiro. Você TEM. E você entende que a Lei da Atração não é papinho de autoajuda, e sim atração de energia mesmo. Então, sabendo quais são os seus gastos fixos, básicos e dos quais você não pode abrir mão, aplique TODO o resto logo no começo do mês, de preferência em dois investimentos: um de fácil resgate, para emergências, e um fundo futuro. Mesmo. Você precisa disso, especialmente se você ganha menos do que você gostaria de ganhar – imagina se aposentar com seu salário, tendo que gastar 5x mais com remédios, hã? Você não quer isso. Nem eu.

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Tem também a técnica da carteira, que aprendi no livro “Peça e Será Atendido” (um bom livro de autoajuda, aliás). Ter dinheiro na carteira é bom pra evitar a fala “não tenho dinheiro”. Você TEM. Mas prefere gastar de outra forma.

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Por fim, lembre-se sempre de que cheque especial não é um dinheiro SEU e deve ser ignorado sempre que possível, parcelar no cartão só vale a pena a compra pode ser quitada em poucos meses (pra você não ficar pagando juros) e que duas saídas noturnas de 50 reais cada por semana geram, por mês, 400 reais a menos na sua conta, que poderiam ir direto para um plano de previdência ou um fundo de investimento. Um bom par de sapatos pode até ser considerado um ativo, considerando que ele realmente vá melhorar sua aparência e, assim, contribuir para uma maior remuneração. Uma saída noturna com o propósito de fazer networking pode ser considerada um ativo, desde que você tenha algum lucro decorrente dela (sim, você precisa botar no papel quanto você gasta e quanto você gahou com isso – se você está há meses gastando e ainda não obteve retorno, pense seriamente em aplicar seu dinheiro de outra forma).

Daqui a uns seis meses, consigo dizer pra vocês se essa educação financeira toda está funcionando… e vocês conseguem me dizer se adianta pra vocês também!


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